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LITERATURA

Willian Oliveira Taschetto lança livro “Caderno secreto de um beat moderno”

Wilian Oliveira Taschetto, que completou 28 anos na quinta-feira, com seu segundo livro

Inspirado em expoentes da geração beat, um grupo inteligente e irreverente de escritores formado por Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs e Neal Cassady, entre tantos outros, nos Estados Unidos de meados do século 20, o gaúcho Willian Oliveira Taschetto acaba de apresentar o seu segundo livro. Caderno secreto de um beat moderno sai sob o selo da editora Vírtua, de Caxias do Sul, liderada pelo santa-cruzense Rafael Augusto Machado, a mesma pela qual lançou sua obra de estreia, Desaforos & aforismos, no primeiro semestre de 2023.

Em questão de poucos meses, Willian parte, assim, da condição de escritor que mantinha seus inéditos acondicionados na gaveta para um autor com dois livros disponíveis nas livrarias. Nada mal para um jovem que completou 28 anos nessa quinta-feira, 21. Ele nasceu em 21 de setembro de 1995, em Mata, a cerca de 90 quilômetros de Santa Maria, em direção à fronteira, já próximo de São Vicente do Sul (de Santa Cruz do Sul, são quase 230 quilômetros).

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Lá ele fez os estudos primários e saiu por volta dos 13 anos, primeiro para morar em Itaara, perto de Santa Maria, e após para ingressar no Instituto Federal justamente em São Vicente do Sul, onde concluiu o Ensino Médio.

Depois de passagens por Cruz Alta e Santa Maria, chegou a Santa Cruz em 2015 para cursar Direito na Faculdade Dom Alberto. Obteve o bacharelado no primeiro semestre de 2022 e logo emendou com especialização em Direitos Humanos e Ressocialização, e a pós em Psicologia Analítica Junguiana. Atuou no Instituto Geral de Perícias (IGP), e hoje trabalha no Centro de Ensino Integrado Santa Cruz (Ceisc), desde o final de 2021.

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São essas vivências e experiências que transparecem em seu segundo livro, cronologicamente o primeiro, uma vez que os registros, em forma de diário ou fluxo de consciência, se estendem de 9 de maio de 2017, a primeira data indicada, até o derradeiro registro em 21 de março de 2020. Todos os textos especificam situações ocorridas em Santa Cruz ou nas proximidades, como referências a viagens até Venâncio Aires e outras a Santa Maria, por exemplo.

No pano de fundo, em sintonia com os gostos e interesses que ocupavam a geração beat, os temas prediletos ou que povoavam a mente do narrador, tendo em vista o contexto ficcional do enredo. Ainda que os textos venham em uma ordem cronológica, a partir da primeira data fixada, não há um rigor ou uma regra de sequência fixa ou extensão: ora são feitos registros em datas sucessivas, ora um período mais longo é abarcado em um único apontamento; e por vezes há os saltos temporais.

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Em 2017, os textos, de tamanhos variados (por vezes curtos, quase lacônicos), contemplam até 22/11. Já em 2018, ocorrem em uma data de março, outra em julho, outra em setembro, três em outubro e a derradeira em novembro. Em 2019, silêncio total, para em 2020 surgir o último registro em março, num sábado.

E, claro, para ressurgir em um “Moral da história”, na linha de um volume de contos fabulosos. Nessa moral, novamente remetendo à filosofia beat (regada, como a tradição o consagrou, a sexo, drugs and rock n’ roll, algumas pilhas de livros e muitos encontros e desencontros), o narrador conclama: “Sim, a vida é só uma, devemos aproveitá-la, mas como meu pai sempre me disse: faz com parcimônia.”

A título de despedida, um recado: “Ah, eu prometo que o próximo livro será mais leve, será de poesias.” E foi mesmo: o seguinte, ainda que o segundo por ele escrito, em termos cronológicos, foi o primeiro que lançou, Desaforos & aforismos, com frases espirituosas e versos que sabem a canções.

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Um fascinado por música, por Nietzsche e pela Geração Beat

A música e a literatura, bem como o convívio com as tribos que têm essas áreas como predileções comuns, foram os elementos que desencadearam o espírito criativo, artístico, de Willian Oliveira Taschetto. Seu interesse pela escrita surgiu há cerca de uma década, quando ainda estudava no Instituto Federal em São Vicente do Sul, e por lá começou a compor as primeiras canções, enquanto aprimorava a habilidade de tocar violão, guitarra, contrabaixo e teclado. Essas letras foram repassadas a colegas integrantes de bandas de rock, formadas por amigos, como a Stone Faces e a Smegmans.

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Já em seu período de residência e de estudos em Santa Cruz, além de a música e a literatura marcarem presença em sua produção literária, que resultou em seus dois livros já lançados, ele se tornou empreendedor. Instalou o Vinil do Will, do qual é o curador, em espaço anexo ao Buena Bistrô, na Rua Guilherme Hackbart, 34, sala 110, bistrô por sua vez administrado por sua namorada.

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Entre suas leituras, Nietzsche foi influência direta para a composição dos aforismos e dos poemas. Depois vieram Freud, Jung, Dostoiévski e a turma da Geração Beat, que inspiraram, até o momento, a sua investida na literatura.

Ficha:

Caderno secreto de um beat moderno, de Willian Oliveira Taschetto. Caxias do Sul: Vírtua, 2023. 59 páginas. R$ 40,00
Em Santa Cruz, pode ser adquirido no Buena Bistrô (Guilherme Hackbart, 34, sala 110), ou com o autor, pelo Whats (51) 9 8022 9270

Vira o ano, vem 2018, sem tantas superstições como 2017 e sem muitas projeções. Só que sem o planejamento, veio um turbilhão, uma loucura total e ótima. Faltam 3 meses e pouco para acabar o ano e praticamente só agora que consegui assimilar um pouco de tudo que houve até agora na minha vida. Discos, livros, filmes, bebidas, drogas, viagens, novas amizades, experiências, sensações. Puta que pariu! Cara, até trabalhei exaustivamente esse ano na lotérica. Muita coisa, capítulos inesquecíveis e outros inenarráveis.

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