Assim como ocorre na soja, no algodão, no café, na cana-de-açúcar, no tabaco, no milho, na silvicultura e em inúmeras cadeias produtivas do agronegócio, o Brasil é referência em produção de cacau. Desde a segunda metade do século 17, o País é conhecido como terra por excelência de cultivo do cacaueiro, que incide de forma espontânea na região amazônica, uma vez que a espécie requer solos profundos e clima quente e úmido. E foi a partir de seu amplo esforço na divulgação internacional dos produtos da agricultura e da pecuária brasileira que a partir de 2012 a Gazeta também começou a elaborar conteúdo específico, em português e inglês, para o setor do cacau.
Ao longo dos anos, equipes de jornalismo e de fotografia deslocaram-se para os principais polos nacionais de cultivo, processamento e industrialização dessa fruta. As informações foram sendo recolhidas para o Anuário Brasileiro do Cacau, da Editora Gazeta, publicação que se tornou valiosa para esse segmento, a exemplo do que ocorreu com dezenas de outras cadeias produtivas. Este segmento possui estrutura de produção e beneficiamento que se assemelha à do tabaco e também ao café. Não por acaso, no exterior algumas empresas que atuam no ramo do tabaco também têm ramificações na área do chocolate.
LEIA MAIS:
A Gazeta esteve lá: na COP 8, em Genebra, na Suíça
A Gazeta esteve lá: na COP 7, em Nova Délhi, em 2016
A Gazeta esteve lá: na audiência da Anvisa, em Brasília
Publicidade
E o grande polo nacional do cacau atualmente é o Sul da Bahia, onde as primeiras plantações surgiram a partir de 1750, em cidades como Canavieiras e Ilhéus, bem como Itabuna e Uruçuca, em ambiente de Mata Atlântica, a 400 quilômetros de Salvador.
Muito recentemente, no período 2010/11, o mundo colheu a maior safra de sua história, com 4,3 milhões de toneladas, conforme dados da Organização Internacional do Cacau (OICC, na sigla em inglês), e o Brasil novamente desponta como fornecedor global. Costa do Marfim, na África, assumiu a condição de maior produtor nas últimas décadas, depois que uma doença conhecida como vassoura-de-bruxa dizimou as plantações em todo o Brasil.
Só neste século, com a prospecção de novas variedades, resistentes, é que a atividade se tornou de novo atrativa no Brasil. Esse setor é um excelente negócio uma vez que a demanda tem superado a produção, o que se evidencia também no País, onde o consumo de chocolates, com alto valor agregado, cresce ano a ano. O maior polo de moagem continua sendo a Europa, em países como Alemanha e Holanda. No Brasil, hoje, a Bahia produz em torno de 200 mil toneladas de amêndoa, sendo líder absoluta, embora Pará, Rondônia, Espírito Santo, Amazonas e Mato Grosso também sejam representativos. O Brasil colhe perto de 300 mil toneladas, parte em sistema cabruca, quando os cacaueiros crescem ao natural em meio a outras espécies na floresta. É uma cultura que dá gosto de ver.
Publicidade
LEIA MAIS:
A Gazeta esteve lá: na COP 7, em Nova Délhi, em 2016
A Gazeta esteve lá: na audiência da Anvisa, em Brasília
A Gazeta esteve lá: na Frutal Amazônia, em Belém (PA)