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A Gazeta esteve lá: na terra do cacau, na Bahia

Amêndoas em meio ao processo de secagem | Foto: Sílvio Ávila/Editora Gazeta

Assim como ocorre na soja, no algodão, no café, na cana-de-açúcar, no tabaco, no milho, na silvicultura e em inúmeras cadeias produtivas do agronegócio, o Brasil é referência em produção de cacau. Desde a segunda metade do século 17, o País é conhecido como terra por excelência de cultivo do cacaueiro, que incide de forma espontânea na região amazônica, uma vez que a espécie requer solos profundos e clima quente e úmido. E foi a partir de seu amplo esforço na divulgação internacional dos produtos da agricultura e da pecuária brasileira que a partir de 2012 a Gazeta também começou a elaborar conteúdo específico, em português e inglês, para o setor do cacau.

Os cacaueiros na região de Ilhéus, na Bahia | Foto: Sílvio Ávila/Editora Gazeta

Ao longo dos anos, equipes de jornalismo e de fotografia deslocaram-se para os principais polos nacionais de cultivo, processamento e industrialização dessa fruta. As informações foram sendo recolhidas para o Anuário Brasileiro do Cacau, da Editora Gazeta, publicação que se tornou valiosa para esse segmento, a exemplo do que ocorreu com dezenas de outras cadeias produtivas. Este segmento possui estrutura de produção e beneficiamento que se assemelha à do tabaco e também ao café. Não por acaso, no exterior algumas empresas que atuam no ramo do tabaco também têm ramificações na área do chocolate.

As amêndoas dentro do fruto do cacaueiro | Foto: Sílvio Ávila/Editora Gazeta

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E o grande polo nacional do cacau atualmente é o Sul da Bahia, onde as primeiras plantações surgiram a partir de 1750, em cidades como Canavieiras e Ilhéus, bem como Itabuna e Uruçuca, em ambiente de Mata Atlântica, a 400 quilômetros de Salvador.

Muito recentemente, no período 2010/11, o mundo colheu a maior safra de sua história, com 4,3 milhões de toneladas, conforme dados da Organização Internacional do Cacau (OICC, na sigla em inglês), e o Brasil novamente desponta como fornecedor global. Costa do Marfim, na África, assumiu a condição de maior produtor nas últimas décadas, depois que uma doença conhecida como vassoura-de-bruxa dizimou as plantações em todo o Brasil.

Tropa sendo conduzida em fazenda baiana | Foto: Sílvio Ávila/Editora Gazeta

Só neste século, com a prospecção de novas variedades, resistentes, é que a atividade se tornou de novo atrativa no Brasil. Esse setor é um excelente negócio uma vez que a demanda tem superado a produção, o que se evidencia também no País, onde o consumo de chocolates, com alto valor agregado, cresce ano a ano. O maior polo de moagem continua sendo a Europa, em países como Alemanha e Holanda. No Brasil, hoje, a Bahia produz em torno de 200 mil toneladas de amêndoa, sendo líder absoluta, embora Pará, Rondônia, Espírito Santo, Amazonas e Mato Grosso também sejam representativos. O Brasil colhe perto de 300 mil toneladas, parte em sistema cabruca, quando os cacaueiros crescem ao natural em meio a outras espécies na floresta. É uma cultura que dá gosto de ver.

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Indústria: cacau se transforma em chocolate | Foto: Sílvio Ávila/Editora Gazeta

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