O empate entre Corinthians e Grêmio por 4 a 4 nesta segunda-feira, em partida atrasada da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com um lance polêmico de arbitragem. Já nos acréscimos da segunda etapa, Ferreira cruzou a bola na grande área, que bateu no braço de Yuri Alberto, atacante corintiano. Ele tentava bloquear o lance e conseguiu. A CBF entende que houve um erro da arbitragem no lance em questão. E, segundo apurou o Estadão, os árbitros serão afastados, em procedimento já comum na entidade, entre eles Wilton Pereira Sampaio (GO-Fifa), que apitou jogos da Copa do Mundo do Catar.
O árbitro do jogo não marcou nada na jogada. A partida chegou a ser paralisada para a análise do árbitro de vídeo (VAR), comandado por Emerson Ferreira de Almeida Ferreira, que acompanhou a decisão e não chamou o companheiro para a revisão na cabine do VAR. Ambos ficarão um tempo, ainda não determinado, sem apitar jogos do primeiro escalão do futebol brasileiro.
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Emerson Ferreira já havia sido afastado em 2022, após clássico entre Palmeiras e São Paulo, na Copa do Brasil. Na ocasião, à frente da cabine do VAR, ele não checou um impedimento na origem do lance do gol do time tricolor, na derrota por 2 a 1, mas que levou a decisão para os pênaltis. Jonathan Calleri, em posição irregular, foi derrubado por Gustavo Gómez. Emerson chamou o árbitro de campo para a revisão, sem checar a posição do atacante argentino na jogada.
“O árbitro assistente de vídeo deveria ter observado os melhores ângulos disponíveis. Em lances ajustados, a linha virtual deve ser utilizada para a confirmação da decisão de campo”, disse a CBF à época admitindo o erro de Emerson de Almeida Ferreira. Na ocasião, o São Paulo avançou às quartas de final.
Desde que Wilson Seneme, chefe da comissão de arbitragem da CBF, assumiu o cargo, a entidade passou a preservar a figura de seus profissionais. Por isso, a análise da atuação do árbitro de vídeo nesta terça-feira, focou em reconhecer e assumir o erro no lance de Yuri Alberto.
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Segundo a entidade, que acompanha os critérios definidos pela International Football Board Association (Ifab), que define e regulamenta as regras do jogo, Yuri Alberto tem um movimento antinatural ao executar a jogada de bloqueio no cruzamento de Ferreira – fato que caracteriza, por si só, o pênalti.
Além disso, na revisão do lance pela cabine do VAR, foi buscado a possibilidade de a bola resvalar no pé de Fagner, lateral-direito corintiano, antes de chegar ao braço de Yuri Alberto. Nos ângulos utilizado, é possível determinar que não houve este contato sugerido. Caso fosse detectado, o pênalti não deveria ser marcado e caracterizaria um acerto da arbitragem.
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“O jogador (Yuri Alberto) mesmo ‘tando’ com a mão nessa posição, está natural para essa disputa da bola e não ‘tá’ com a intenção de bloquear”, afirma Emerson, comandante do árbitro de vídeo na partida, no áudio divulgado pela CBF nesta terça-feira. “Você não acha que ele está com o braço muito aberto”, argumenta o assistente do VAR. “Está, mas para mim não tem intenção de bloquear, mas, sim, de disputar a bola. Ele está recolhendo o braço”, responde Emerson.
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