Os integrantes do Comitê de Gerenciamento de Crise de Estiagem do Município definiram nesta quarta-feira, 19, pela suspensão por prazo indeterminado do Decreto nº 6.952 de 17 de março de 2020, vigente desde então no município. O documento previa uma série de regras e vedações quanto à utilização de água por conta da estiagem. Com a revogação, a partir desta quarta-feira, 20, os serviços com água potável da rede pública estão liberados, mas com cautela e uso consciente por parte da população de Venâncio.
O município sofreu por longo período – desde novembro de 2019 – com a falta de chuvas, acumulando perdas importantes para a cadeia rural e prejuízos na economia, estimados pela Emater/Ascar em cerca de R$ 108 milhões.
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Ao longo dos cinco meses, várias ações emergenciais foram executadas com a finalidade de amenizar os danos causados pela falta de água nas propriedades rurais, atingindo também a área urbana com vedações dispostas no decreto como a utilização de água potável da rede pública e de poços artesianos para ações como lavagem de veículos e calçadas. A Secretaria de Meio Ambiente, por meio do setor de Fiscalização Ambiental, aplicou no período 50 advertências, por uso indevido da água.
Em abril, uma barragem de contenção de água foi construída, emergencialmente, no Arroio Castelhano, nas proximidades do ponto de captação pelas bombas da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), já que o nível estava abaixo do normal para manter o Município sem racionamentos.
Na semana passada, Venâncio registrou precipitação acima dos 75 milímetros, com três dias de chuva, trazendo alento ao arroio, principal fonte de abastecimento para toda a zona urbana do município. Com o passar dos dias e a partir de avaliações in loco, o Decreto foi se readequando conforme as análises técnicas. Os prognósticos meteorológicos dos Centros Climáticos do Estado apontam para mais chuvas na região a partir desta quinta-feira, 21.
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A Secretaria de Desenvolvimento Rural, responsável pelo abastecimento de água nas propriedades mais atingidas pela estiagem no interior, continuará com os serviços de entrega com os caminhões-pipa, ainda que o volume de solicitações tenha diminuído consideravelmente.
Para o Chefe do Executivo Municipal, Giovane Wickert, este foi um período pesado de muita união, esforço, trabalho e concentração de forças e súplicas para que a chuva viesse em quantidade suficiente para amenizar a preocupação de todos. “Temos a consciência de que ainda não está bom, falta mais chuva, principalmente em áreas do nosso interior. E é por isso que continuaremos atentos e prontos para retornar novamente, caso seja necessário”, conclui.
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