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PARA TOCAR O CORAÇÃO

Lucas Kist: o multi-instrumentista que é também professor

Foto: Rafaelly Machado

Pense num músico com habilidade para tocar os mais variados instrumentos. Esse é o santa-cruzense Lucas Kist. Aos 34 anos, e já com bagagem que mal parece caber na biografia de alguém com essa idade, se há instrumento que ainda não toca, sem dúvida é questão de tempo, pois tratará de aprender! Hoje, entre a participação em bandas, orquestras e grupos, e as aulas que ministra como professor particular, Lucas dedica a sua vida integralmente à música.

Toda essa trajetória se iniciou ainda na infância. Lucas nasceu no dia 21 de julho de 1989, filho de Silvério Kist e Rosane Lüdtke, e por parte de pai tem os irmãos Kevin, 29, que mora em Santa Catarina, e Giulia, 16, radicada com o pai em Póvoa do Varzim, em Portugal (Silvério inclusive mantém o canal Kist na Europa, no YouTube).

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Foi na comunidade da Harmonia, e também na escola dessa área, que Lucas teve o primeiro contato com ritmo musical. Em ação social, ouviu pela primeira vez um berimbau, em apresentação de capoeira, aos 11 anos. Curioso, quis saber como surgia o som a partir de um galho de árvore da espécie mamica-de-cadela.

Tempos depois, seu pai, que era taxista, ficou com um violão usado em pagamento a uma corrida, e o repassou a Lucas. Esse instrumento aprendeu a tocar com o professor Vendelino Trevisan. Quis o acaso que, mais adiante, o pai adquirisse uma guitarra usada em um leilão.

Mais um achado, e mais um aprendizado. Assim, ele acabou por ingressar em aulas de música da Academia Evidências, que na época ficava na Rua Marechal Floriano (enquanto frequentava as aulas na escola Goiás). Ali, aperfeiçoou-se no violão com o professor Dilson Trindade, por volta dos 13, 14 anos.

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Em paralelo, como morava no Bairro Schulz, passou a auxiliar o regente Celso Sehnem no grupo de canto da Igreja São José. Nasceu ali a amizade com Gustavo, filho de Celso, que resultaria em parcerias musicais. Nessa época, adorava, aos fins de semana, visitar o avô e a avó.

Além de ajudar na animação de missas, Lucas foi convidado a ministrar aulas para crianças em casa particular, no Bairro Higienópolis. Com isso, já ganhava os primeiros recursos com a música, logo convertidos em revistas de música em A Banca, no Centro, próximo da Evidências. Lucas buscava aprender ao máximo, ouvindo grandes instrumentistas (Yamandu Costa, por exemplo).

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Como já ensinava alunos, Evelter Corrêa o convidou para que se juntasse aos professores da própria Evidências. Na academia, foi aprendendo sucessivamente os mais variados instrumentos, a ponto de saber tocar seguramente 15 diferentes, com destaque para os de cordas (violão, guitarra, baixo) e de sopros (sax, trompete, flauta etc).

Por volta de 2006, aos 15, 16 anos, passou a integrar a banda Garotos dos Sonhos, na qual tocou baixo. Com o grupo, viajou por todo o Estado, ampliando seus horizontes. Passo seguinte, em 2008 foi apresentado ao músico Mauro Adam, que liderava o Grupo Adam, e até hoje é um multi-instrumentista nessa banda. Por quatro anos, também atuou como professor na escola de música criada pelo Setor Artístico e Cultural da Unisc. E ainda integrou a Batera’s School, de Diego Maracci.

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Em todas essas experiências, registrava forte evolução como músico, a partir das parcerias e incentivos vindos de diferentes gerações. Atualmente, pode ser visto em ação (em especial com sax, flauta, violão e guitarra, além de vocal, claro) junto a vários projetos: a banda Privilege Jazz, dedicada à cultura do jazz; a Orquestra Santa Brass Band, sob condução do maestro Carlos Procat; a Orquestra Santa Cruz Filarmonia; e vários tributos, como os que Uli Assmann promove com seu grupo Alquimistas.

E, claro, diariamente recebe alunos para aulas particulares em seu estúdio na Rua Carlos Trein Filho, 1.381, para as quais contatos podem ser mantidos pelo fone/Whats (51) 99926 4524. Ainda solteiro, Lucas hoje vive da música, com a música e pela música, numa dedicação intensiva a uma vocação artística e cultural.

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Cinco músicas referenciais para Lucas:

  • O Pato (João Gilberto)
  • Barra do Ribeiro (Renato Borghetti)
  • Chamamé (Yamandu Costa) 
  • Clube da Esquina no 2 (Milton Nascimento)
  • Brooklyn High (Nosso Trio)

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