O trabalho em grupo é considerado o motivo do bom desempenho de Vale Verde no Índice Municipal de Educação (Imers). A afirmativa é da secretária de Educação, Cultura, Desporto e Turismo, Patrícia Gerhard, que destaca a união de esforços entre administração, funcionários da pasta, professores, servidores das escolas, famílias e alunos. “Como Município, acreditamos que a educação é o caminho”, enfatiza.

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Vale Verde somou 69,8962 no Imers, ficando com a melhor colocação do Vale do Rio Pardo e a 49ª posição no Rio Grande do Sul. O marcador é construído a partir da aplicação das provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers) nas redes municipais de ensino em 2022. O teste mostra o desempenho nas habilidades em Português e Matemática dos alunos do 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental.

Os resultados foram anunciados pelo governo do Estado, apontando a média dos 497 municípios gaúchos. Na etapa alfabetização, o Rio Grande ficou com 58,51; seguido dos anos iniciais, 50,48; e finais, 44,99. A média geral do Imers foi 57,19 pontos, em uma escala de 0 a 100. Apenas cinco dos 16 municípios da área de abrangência da Gazeta do Sul superaram o Estado.

Entre os 20 municípios mais populosos, somente três apresentaram Imers acima de 60: Lajeado, Erechim e Bento Gonçalves. Santa Cruz do Sul, que faz parte desse grupo, ficou com 58,8481. A capital, Porto Alegre, que tem mais habitantes, obteve o pior resultado entre as maiores cidades gaúchas: 40,02.

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“A orientação do governador é muito clara, de que a educação é nossa prioridade. Com o resultado do Imers, os gestores municipais poderão avaliar os pontos que devem ser aprimorados para qualificar o ensino e aumentar a aprendizagem dos estudantes”, ressaltou a titular da SPGG, Danielle Calazans.

“O Imers inspirou-se no caso de sucesso do Ceará – que, embora seja um Estado com renda per capita abaixo da média nacional, melhorou profundamente seus índices de Educação a partir do final dos anos 2000”, explicou o coordenador do índice diretor do DEE/SPGG, Pedro Zuanazzi.

O bom resultado no Imers vai além da evidência assertiva na área da educação. O indicador passa a integrar a formação do índice de retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado. A nova fase representa um incentivo para a instituição de políticas públicas na educação.

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“Ao mesmo tempo em que fortalece o Saers, também se apresenta como uma ferramenta de gestão e ratifica a importância do uso de dados e evidências na missão de garantir a educação de qualidade”, ressalta a secretária em exercício da Seduc, Stefanie Eskereski.

Além do Imers, o Estado apresentou a Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE), que indica os valores que serão recebidos pelos municípios com base no critério educação. Também fazem parte da composição da PRE informações referentes a população, número de matrículas na rede municipal de Ensino Fundamental e número de alunos em situação vulnerável.

Completam a composição do retorno de ICMS a área do município, a população, o número de propriedades rurais, o valor de venda menos o de compra das mercadorias, inverso do Valor Adicionado Fiscal e medidas para ampliar arrecadação.

Aprimorando

O secretário da Educação de Santa Cruz do Sul, Wagner Machado, entende que a área pode melhorar e é isso que se busca. “Estamos trabalhando na organização do Plano de Ação: a curto, médio e longo prazo. Contamos com as mentorias do Tribunal de Contas do Estado, com o qual o município firmou um termo de compromisso para participação do Programa Educa + RS”, destaca.

Além disso, segundo a chefe de Divisão Administrativa e Pedagógica, Angelle Vargas do Nascimento, a equipe faz assessoria junto às escolas para análise dos índices e plano de ação na busca de estratégias de acordo com a realidade de cada uma. A aquisição de equipamentos tecnológicos tem sido outro foco da educação local.

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