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MELHORIAS

Investimentos na RSC-287 somam R$ 350 milhões em dois anos

Foto: Rafaelly Machado

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No dia em que a concessão da RSC-287, no trecho entre Tabaí e Santa Maria, completou dois anos, a Rádio Gazeta 107,9 FM reuniu representantes de órgãos envolvidos no processo de duplicação. Por meio do encontro, realizado pela manhã dessa quinta-feira, 31, à margem da rodovia, o jornalista Ronaldo Falkenback conduziu a conversa durante o programa Estúdio Interativo. Entre as avaliações de trabalhos executados e previsões para os próximos anos, a Rota Santa Maria afirmou já ter investido mais de R$ 350 milhões em melhorias.

Em espaço cedido pela Companhia Rodoviária de Santa Cruz do Sul, na mesa-redonda estiveram o secretário Estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi; o diretor de Qualidade da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs), Ricardo Pereira da Silva; o diretor-presidente da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato; o tesoureiro do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Rio Pardo, Vilmar Oliveira; o representante do Duplica 287, Lucas Rubinger, e o diretor-executivo da Gazeta Grupo de Comunicações, Jones Alei da Silva.

ASSISTA: RSC-287 foi tema de debate na Rádio Gazeta

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Por duas horas, os convidados abordaram questões técnicas e históricas, cronograma de trabalho e o papel de cada uma das entidades, ao mesmo tempo em que reforçaram a importância da RSC-287 para o desenvolvimento da região. O conteúdo completo pode ser acessado no canal da Rádio no YouTube.

Convidados abordaram a importância da rodovia para os municípios do Vale do Rio Pardo | Foto: Rafaelly Machado

O que disseram

Pedro Capeluppi, secretário estadual de Parcerias e Concessões

“O processo de concessão sempre tem que ser aprimorado. Preparar equipes, fiscalizar contratos para garantir que os investimentos sejam feitos. O Estado tem que estar presente, tem que fiscalizar. Não é algo simples. Mas é satisfatório ver acontecendo um trabalho desenhado com muito carinho e com um objetivo tão nobre, para uma região tão importante no Estado. Sabemos que é um desafio, mas avaliamos como muito positiva essa experiência, com volume expressivo de investimentos.
Os primeiros anos foram dedicados a fazer ajustes. Obras iniciais, mais simples, mas que têm o objetivo primordial de garantir segurança para a rodovia. Uma fase em que a concessionária se prepara para uma longa jornada, de 30 anos. Existem sempre muitas demandas. A rodovia está ligando cidades que são organismos vivos, ainda mais nessa região com uma atividade muito intensa ao longo do trecho. Para o início das obras, de fato, é preciso a aprovação dos anteprojetos pelas secretarias de Parcerias e Concessões e de Logística e Transportes. A partir da aprovação serão desenvolvidos os projetos executivos, mais detalhados. Alguns já estão em análise. O principal objetivo, hoje, é começar a duplicação.”


Leandro Conterato, diretor-presidente da Rota de Santa Maria

“Os primeiros anos foram bastante desafiadores, mas estão de acordo com o esperado. Embora seja a primeira concessão do novo programa do Estado, ela carrega uma bagagem de concessões no Brasil, que já possuem uma maturidade regulatória. Passamos o primeiro ano com a etapa de trabalhos iniciais, implantando estrutura de atendimento ao usuário, fato que promoveu aumento significativo na segurança. No segundo ano de concessão houve redução de 36% nos índices de acidentes fatais, comparado ao primeiro ano. Também iniciamos as obras de recuperação e encerramos a implantação dos sistemas de transporte inteligente, com câmeras que monitoram 100% da rodovia, além de outros equipamentos, como controladores de velocidade, painéis de mensagens variáveis e sensores de tráfego.
Vamos entrar no terceiro ano com novos desafios em cumprimento do contrato. Até aqui foram cerca de R$ 350 milhões investidos, um nível muito alto se comparado com a média histórica das rodovias. Temos aproximadamente 50 quilômetros de faixas já entregues, totalmente recuperadas. Em muitos casos é necessário reconstruir a pista. A 287 é uma rodovia muito antiga, construída há décadas, com um tráfego totalmente diferente do que se tem hoje. Até agosto de 2026, a meta é que tenhamos 100% da pista recuperada. No momento, a duplicação vem acontecendo em outras instâncias. Estamos aguardando a conclusão de detalhes, aprovações e autorizações para que, no segundo semestre, a obra saia do papel. A tendência é que ela inicie no trecho urbano de Tabaí para, em seguida, ser realizada em Santa Cruz. Já no trecho rural entre Venâncio Aires e Santa Cruz, os projetos estão bem avançados. É possível que as intervenções tenham início no fim do segundo semestre, dependendo de trâmites diversos.”

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Lucas Rubinger, representante do Duplica 287

“Até parece um sonho já estarmos falando da concessão. É muito bom poder viver esse momento, ver esse desejo da região, de anos e anos, sendo realizado. Daqui para frente, esperamos poder falar mais e melhor. Também desejávamos que as coisas pudessem andar de maneira mais rápida, mas entendemos que existe todo um trabalho de infraestrutura que, muitas vezes, não enxergamos. Estamos andando no tempo certo, no caminho certo e evitando, talvez, resserviço. Na minha ótica, o que buscávamos lá atrás está acontecendo. Toda transformação tem um momento de dor. Já tivemos mais de 12 anos de atraso com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).”


Jones Alei da Silva, diretor-executivo da Gazeta Grupo de Comunicações

“A Gazeta foi uma das grandes mobilizadoras do Duplica 287, liderando junto às comunidades que atende. Agora estamos em obras na 287. Este é um momento de celebração. Lutamos muito para conquistá-la. E agora buscamos construir relações para que se possa entregar, lá na frente, tudo aquilo que foi sonhado. Junto a isso, a informação é o melhor caminho. Precisamos informar o tempo inteiro. Já conseguimos construir uma solução que contempla a segurança, o mais importante. Assim como antes, estaremos vigilantes nos próximos anos. Esse é o papel de um meio de comunicação sério como é a Gazeta.”


Ricardo Pereira, diretor de Qualidade da Agergs

“As obras têm como objetivo trazer mais conforto e segurança para os usuários da rodovia. Nosso papel é acompanhar o cronograma de atividades e avaliar se o desempenho da concessionária está a contento. Se esse não for o caso, temos mecanismos para induzir a melhora do desempenho e alertar o governo do Estado. A agência ainda deve manter o equilíbrio econômico do contrato que aponta o aumento progressivo de obrigações.
Nesses dois anos de concessão, foram 24 notificações. Mas também observamos uma melhora. O índice de qualidade e desempenho, por exemplo, foi de 88% em 2022 e de 93% em 2023. Acreditamos que do terceiro ano para frente sempre teremos uma melhora. Para aqueles usuários que desejarem apontar irregularidades, um dos canais disponíveis é o aplicativo da Agergs que pode ser acessado via celular.”

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Vilmar Oliveira, tesoureiro do Corede

“O Corede sempre trabalhou, junto às entidades representativas e ao governo, para fazer com que a rodovia fosse uma realidade para todos. Entendemos que o processo é estratégico para o desenvolvimento da região. O grande desafio, no momento, é conciliar a velocidade dos trabalhos com a expectativa da comunidade. Ficamos muito tempo com dificuldade nesse serviço. Por isso, criou-se o desejo muito grande de que a melhora ocorreria num espaço de tempo muito menor.
Daqui para frente é continuar trabalhando, informando a comunidade para que fique consciente de que as coisas já melhoraram e vão evoluir ainda mais. Também queremos dar andamento à constituição do conselho de usuários, no qual a nossa entidade pretende atuar como um elo entre os interessados e a população.”

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Saiba mais

A RSC-287 é considerada a mais importante rodovia do Vale do Rio Pardo e uma das principais vias de acesso à Capital. Desde 31 de agosto de 2021, o trecho entre Tabaí e Santa Maria, num total de 204,5 quilômetros, passou a ser administrado pela Rota de Santa Maria, do grupo espanhol Sacyr. A concessão é de 30 anos.

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