A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul sediará, às 19 horas desta quarta-feira, 23, audiência da Comissão da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa. O encontro, proposto no parlamento gaúcho pelo deputado Valdeci Oliveira (PT), tratará sobre a viabilidade e o interesse do município em atrair uma unidade da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que faz a gestão dos Institutos Federais de Educação.
A partir dessa reunião, será criado o comitê de mobilização para elaborar material a ser encaminhado a Brasília, reforçando tudo o que já foi manifestado, tanto pelo Executivo quanto pelo Legislativo, no intuito de mostrar o potencial para receber um campus. Para isso, o Município deve ser protagonista, participando de edital a ser publicado pela União.
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Esse interesse evidenciado pela administração municipal teve reflexo na Câmara de Vereadores, com a criação da Frente Parlamentar Pró-Instituto Federal em Santa Cruz do Sul, proposta pelo vereador Alberto Heck (PT). Ele destaca o retorno positivo de entidades como o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede), a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), a Associação das Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), os movimentos populares e empresas, que foram visitadas.
A expectativa de Heck é de que o edital para que os municípios demonstrem interesse seja publicado até o fim de agosto, com possibilidade de conclusão até o final do ano, e no segundo semestre de 2024 sejam instaladas novas unidades dos Institutos Federais. A previsão é de que passem de 680 para mil até 2026. O Rio Grande do Sul deve ser contemplado com 20. Isso amplia a expectativa dos que defendem a ideia da instalação em Santa Cruz, haja vista que é um dos quatro municípios, entre os 20 maiores do Estado, que atualmente não têm unidade, somando-se a Cachoeirinha, São Leopoldo e Santa Maria.
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Áreas como turismo e tecnologia têm potencial
A Frente Parlamentar Pró-Instituto Federal em Santa Cruz, representada pelos vereadores Alberto Heck e Rodrigo Rabuske (PTB), realizou nessa segunda-feira, 21, um café com a imprensa para a apresentação do funcionamento dos Institutos Federais. O integrante da administração do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), Rodrigo Uszacki Carvalho de Freitas, foi o convidado.
Atualmente, o IFFar, que tem reitoria em Santa Maria, é um dos três institutos com atuação no Estado. Dividem-se em áreas geográficas o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), o Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), que conta com unidade em Venâncio Aires, além de outros municípios, e o IFFar. Santa Cruz pode receber qualquer um deles.
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Sobre o momento que vive o IFFar, Freitas conta que são 12 unidades, incluindo a reitoria, e a meta é de chegar a 15. Esse espaço possibilitou, em 2022, a conclusão dos estudos para 3.870 estudantes, e 16 mil matrículas em 18 cursos.
A definição de quais opções são disponibilizadas para o público é feita com base no potencial e características das regiões-sedes. “Turismo, tecnologia e gestão de negócios seriam excelentes para a região de Santa Cruz, mas isso é uma questão avaliada de acordo com cada local”, salienta Freitas.
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O administrador destaca a forma como são feitas as reservas para disponibilização das vagas, o que evita a concorrência com instituições já consolidadas nos locais onde serão instaladas, como a Unisc e a Faculdade Dom Alberto, em Santa Cruz do Sul. Metade das oportunidades é oferecida para cursos técnicos, incluindo a possibilidade de estudar o Ensino Médio já focado na área de atuação; outros 20% são destinados para a formação de profissionais; e os 30% restantes como escolha livre.
A forma de ingresso é por meio de critérios como a questão social. Metade dos alunos enquadra-se na renda per capita de até 1,5 salário mínimo. Como meio para evitar evasão, o Instituto, com recursos federais, disponibiliza auxílio financeiro, saúde, alimentação, transporte (também em parceria com os municípios) e, em alguns casos, habitação. Assim, consegue manter as atuais 680 unidades no País, com 11,8 mil cursos e 1,5 milhão de matrículas ativas. Em 2023, o modelo de instituição completa, oficialmente, 15 anos.
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Investimento
Um dos pré-requisitos para a implantação do instituto é que o Município ceda terreno ou prédio para as instalações. Caso seja em área, a União deve investir entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões para a construção, além de outros R$ 10 milhões em equipamentos. A unidade de Santa Cruz poderia contar com até 70 professores e 45 funcionários técnico-administrativos. Antes mesmo de efetivar a construção do campus, é possível a cedência de algum espaço que pode ser locado pela Prefeitura, ou mesmo alguma escola local que permita o início das aulas. Isso pode ocorrer ainda no segundo semestre de 2024.
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