A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento das Atividades Náuticas, Portuárias e Hidroviárias da Assembleia Legislativa realizará reunião de trabalho sobre a viabilidade da implantação do Porto de Rio Pardo. O encontro será às 9h30 do próximo dia 31, na Câmara de Vereadores do município.

Proponente da criação da frente com o deputado Capitão Martin (Republicanos), Edivilson Brum (MDB) adiantou o assunto em entrevista ao comunicador Ronaldo Falkenback na Rádio Gazeta 107,9 FM. Ele mostra-se otimista com a possibilidade, mesmo reconhecendo a dificuldade que demanda a instalação de uma estrutura como uma unidade portuária. “Não é simples, mas a partir do planejamento, tudo fica mais fácil. Nós tivemos a entrega de um documento do presidente da ACI (de Santa Cruz), César Cechinato, apoiando a instalação do Porto em Rio Pardo”, reforça.

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Brum acredita que a junção de esforços do governo do Estado e da União e o interesse da iniciativa privada podem representar o avanço necessário para que esse objetivo da região seja alcançado. Como exemplo, cita o fato de que foi incluído no Plano Plurianual enviado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) à Assembleia o projeto elaborado pela Secretaria Estadual de Logística e Transportes, por meio do Programa de Aprimoramento no Sistema Hidroportuário.

Segundo o deputado, a manutenção de uma hidrovia não é algo barato. É preciso fazer o balizamento, que está previsto na hidrovia do Rio Jacuí; um amplo estudo técnico de caracterização e a análise e modernização dos projetos dos canais, além de apontar onde tem areia e rocha, por exemplo. Ainda assim, acredita que o modal pode representar alternativa ao transporte rodoviário, com menos acidentes, poluição e danos às rodovias. E a região, economicamente, seria beneficiada, porque tem característica exportadora, em especial de grãos, tabaco e madeira, além de ser rota logística do Estado.

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Investimentos na região

A inserção do tema hidroportuário no Plano Plurianual do Estado e o anúncio de investimento na recuperação de barragens, como Amarópolis, Dom Marco e Fandango, são vistos como pontos positivos no avanço do debate sobre a possibilidade da instalação do Porto de Rio Pardo. Essa demonstração de interesse do poder público pode ser bem vista, acredita Brum, pela iniciativa privada, que seria a responsável pela aplicação de recursos na estutura.

O deputado também comemorou o anúncio de investimentos em rodovias que cortam o Vale do Rio Pardo. “Estão previstos R$ 178 milhões para os trechos 3 e 4 da BR-290”, afirma. Esse recurso foi apresentado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e contempla a partir de Pantano Grande até divisa com Minas do Leão. Recorda que os trechos 1 e 2 foram licitados e a empresa havia iniciado os trabalhos, mas, por falta de orçamento, não foram tocados por completo.

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A procuradoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) trabalha para recuperar o contrato com a mesma empresa, o que evitaria a necessidade da realização de uma nova licitação e tempo maior de espera. O assunto ganhou força com os mais de 10 mil votos no Orçamento Participativo do governo federal.

Outra via que tem recebido atenção na região é a ERS-403, viabilizada ainda no governo de Yeda Crusius (PSDB), com 18 quilômetros entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul. “É o trecho 2, em que faltam 6 quilômetros. A empresa que estava fazendo ‘quebrou’, demandando uma questão jurídica, mas o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) viabilizou que a Conpasul possa fazer esse trecho, já que faz o 1. A estrada, agora, está só dentro do território de Rio Pardo. De onde havia parado, no trevo da 403 com a 410, já passou”, explica.

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