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luta por direitos

Marcha das Margaridas ocupa o Senado Federal

Foto: Agência Brasil

Nesta terça-feira, 15, centenas de mulheres participantes da 7ª Marcha das Margaridas ocuparam o plenário do Senado Federal, em sessão extraordinária em homenagem ao evento. A sessão foi requerida e presidida pelo senador Beto Faro (PT-PA) que discursou sobre dupla jornada feminina e direitos fundamentais.

“Não deveria ser assim, mas, segurança alimentar, moradia renda, uma vida sem violências, ainda são privilégios de uma minoria, apesar de compor direitos universais previstos na Constituição Federal. A responsabilidade de mudar esse cenário é de todos os brasileiros e brasileiras, mas principalmente de nós, representantes eleitos pelo voto direto da população”, afirmou o parlamentar.

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Na tribuna do Senado, a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a piauiense Mazé Morais, comparou o plenário da casa a um jardim florido de margaridas. Mazé lamentou que poucas vezes espaços como o do Congresso Nacional recebem as mulheres, em especial, as negras e pobres.

“Marchamos por democracia, soberania popular, poder e participação política das mulheres. Por isso, valorizamos esse espaço no qual estamos sendo recebidas agora. Nele queremos afirmar que somos solidárias às companheiras [parlamentares] que enfrentam constantemente a tentativa de silenciamento e de intimidação, como forma de violência, porém, não se cala e nem foge da luta, como disse Margarida Alves”, enfatiza a coordenadora.

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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, celebrou a ocupação de Brasília pelas “margaridas”, nesta terça e quarta-feira, 16. A ministra relembrou a sanção da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres e que a pasta, neste ano, seguirá pelo país, em marcha contra a misoginia e o feminicídio para enfrentar o ódio que tem estimulado todos os tipos de violência contra a mulher. “Nós vamos marchar neste país junto com vocês contra a misoginia, o ódio, contra o feminicídio, contra o estupro e a violência sexual, porque esse é o nosso papel. A marcha é individual e coletiva. E ao governo cabe fazer políticas públicas. E nós vamos fazer política pública  e implementá-las”, declarou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. 

Do Vale do Rio Pardo e do Baixo Jacuí, 40 produtoras estão participando. Da área de abrangência do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol e Herveiras, serão 12 representantes. As produtoras da região que vão a Brasília são sindicalizadas e passaram por uma capacitação para participar dos debates propostos nos dois dias de evento. “Elas estão preparadas, são sabedoras do que estão indo falar e com uma responsabilidade muito grande de representar as mulheres rurais e urbanas da nossa região”, disse Salete dos Passos Faber, coordenadora de Mulheres da Regional Sindical Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, filiada à Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

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