Um levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que Santa Cruz do Sul tem a terceira gasolina comum mais cara entre as cidades visitadas no Rio Grande do Sul. A pesquisa foi feita entre os dias 23 e 29 de julho em 36 municípios de todas as regiões do Estado e contemplou ainda a gasolina aditivada, o óleo diesel comum e o S10, o etanol e o gás de cozinha (GLP). Os únicos locais onde o combustível está mais caro são Bagé e Santana do Livramento, ambos na fronteira com o Uruguai.
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A situação, no entanto, não é novidade para os santa-cruzenses, que já convivem com os valores elevados há vários anos. Não houve outro município pesquisado no Vale do Rio Pardo mas, para evidenciar a discrepância, é possível citar Lajeado, no Vale do Taquari. Localizado a apenas 65 quilômetros, a gasolina comum é vendida por lá a preço médio de R$ 5,41, cerca de 8,8% mais barata.
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Outro exemplo possível, um pouco mais distante mas ainda na Região Central, é Cachoeira do Sul. Distante 95 quilômetros, a Capital do Arroz tem a gasolina comum mais barata do último levantamento: R$ 5,25, cerca de 11,5% a menos. Novo Hamburgo, na Região Metropolitana, apresentou a mesma média. Para ilustrar, basta que se imagine um veículo com tanque de 50 litros. Para completá-lo em Cachoeira do Sul, o custo é de R$ 262,50. Em Santa Cruz, a mesma ação custa ao motorista R$ 297,00, ou R$ 34,50 a mais.
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O panorama se repete quando são analisados os demais combustíveis. No etanol, Santa Cruz tem o segundo mais caro do Rio Grande do Sul, com média de R$ 5,51 por litro. Já no óleo diesel comum, o sexto mais caro, a R$ 5,11. O caso do etanol chama a atenção ainda pela grande disparidade entre municípios e regiões. O litro mais caro é vendido em Bagé, a R$ 5,68, enquanto o mais em conta sai em Novo Hamburgo, por R$ 4,06. A diferença é de expressivos 28,5%. Nesse mesmo comparativo, a gasolina comum tem variação de 17,5% e o diesel comum, de 14,6%.
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Os valores em alguns municípios
Situação que se repete
Nos últimos anos, por diversas vezes, a Gazeta do Sul tentou explicar os motivos que levam a essa realidade. Vários especialistas e instituições foram ouvidos, como o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro). O promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, chegou a instaurar procedimentos para fiscalizar os preços e cobrou explicações dos proprietários e das redes de postos de combustíveis. Apesar dos esforços, nada mudou e o santa-cruzense continua pagando mais caro.
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