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Fruticultura

Frutas tropicais ganham destaque em dia de campo

Evento contou com a participação de agricultores, estudantes e extensionistas rurais | Foto: Carina Venzo Cavalheiro

Com destaque para a produção de frutas de clima tropical, como o maracujá e a pitaya, o Dia de Campo sobre Fruticultura foi realizado na quinta-feira, 27, no Parque da Expoagro, em Rio Pardo. O evento contou com a participação de agricultores, estudantes e extensionistas rurais de vários municípios do Vale do Rio Pardo e visou orientar sobre o manejo correto de frutíferas, promover a segurança alimentar das famílias e incentivar a diversificação nas propriedades – e, consequentemente, a geração de renda.

O cultivo de frutas tropicais e a geração de renda por meio dessas variedades foram abordados pelos extensionistas Rudinei Pinheiro Medeiros e Alberto Evangelho Pinheiro, da Emater/RS-Ascar. Entre as orientações repassadas constaram a implantação do pomar; principais problemas observados com relação às diferentes variedades; podas; espaçamento e manejo de plantas já adultas.

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“Os principais desafios são a escolha do local adequado e a utilização de técnicas adaptadas, porque não estamos em uma região tropical”, comentou Pinheiro. “Embora existam microclimas que favoreçam e possibilitem uma vegetação de Mata Atlântica, ou seja, com umidade maior, essa produção exige técnicas de proteção que driblem esses desafios, para que a planta se desenvolva de forma adequada.”

Outro ponto destacado foi quanto à polinização cruzada, que é realizada tanto para a produção de maracujá quanto de pitaya. “O produtor precisa ter, no mínimo, de três a quatro pés de cada fruta. Quanto maior esse número, maior o pólen de plantas diferentes. Isso vai proporcionar melhor qualidade de frutos”, observou Medeiros.

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“Quando se tem poucos pés, terá pouco material genético, resultando em frutos de baixa qualidade. A polinização é feita somente pela mamangava. Então é recomendado que o produtor faça a polinização artificial, utilizando um cotonete”, ressaltou.

A estação sobre manejo fitossanitário de inverno e poda de videiras foi apresentada pelos extensionistas Marco Antônio Moraes dos Santos e Dagoberto Soares Antunes, da Emater, e pelos pesquisadores Roque Antonio Zilio e Rodrigo Monteiro, da Embrapa Uva e Vinho. No local, orientou-se sobre a poda mista de videiras e o uso da calda sulfocálcica para eliminar doenças e pragas em pomares de clima temperado.

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“Essa calda faz uma esterilização do pomar. Ela pode ser utilizada nos meses de junho e julho, mas pode ser antecipada em regiões de clima mais quente. O importante é aplicar antes da poda”, orientou Antunes.

Outro ponto destacado é quanto ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Mesmo sendo um produto da linha orgânica, é alcalino e corrosivo. Por isso é importante o agricultor utilizar os equipamentos de proteção e fazer a correta limpeza dos equipamentos após a aplicação da calda sulfocálcica”, afirmou Dagoberto Soares Antunes.

Extensionistas mostraram a condução da nogueira pecã

O manejo fitossanitário e nutricional e a poda de nogueiras foram apresentados pelo extensionista Adriano Lazzari, da Emater, e pelo professor Diniz Fronza, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Na estação temática, abordou-se desde a escolha da área de implantação do pomar, análise de solo e adubação até variedades, pragas, doenças e a poda de nogueira pecã.

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Outra questão fundamental é a qualidade do fruto. Para isso, de acordo com Fronza, é importante pensar em irrigação. “Nós tivemos três anos de seca no Estado, que resultaram em frutos pequenos e mal preenchidos”, observou o técnico.

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“É a água que leva os nutrientes. Se faltar água até o dia 15 de janeiro, teremos frutos pequenos. Se faltar água de 15 de janeiro a 15 de abril, não irá encher o fruto. Então é importante pensar no todo. Nós passamos toda a cultura, desde a escolha do solo e de variedades e a condução até o pensamento final, que é a qualidade do fruto, que dá preço e renda ao produtor.”

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O extensionista da Emater Dilovan Gomes Pereira falou sobre condução inicial do pomar. Entre salientou a escolha do local, a aquisição de mudas em viveiros certificados para ter plantas de qualidade e a análise do solo. “Para começar com o pé direito, é preciso fazer a análise do solo e a correção do que precisa ser feito. Outro aspecto é adquirir uma muda de qualidade. Isso vai evitar muitos problemas posteriores”, orientou.

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Outro aspecto trabalhado no dia de campo foi a importância nutricional das frutas tropicais. As extensionistas rurais da Emater Cristiele Fagundes, Andréa Balbueno, Ana Claudia Miotto, Carla Goldasz e Kassia Brito Gonçalvez ressaltaram a importância de uma alimentação variada, o poder nutricional, os benefícios para a saúde, o uso das frutas na alimentação e os efeitos adversos e contraindicações do maracujá e da pitaya.

“Aqui é a nossa casa durante a Expoagro Afubra, mas estamos utilizando durante todo ano para estimular a diversificação da produção agrícola. E como a nossa região tem um grande potencial de produção de frutíferas, estamos aqui hoje para orientar sobre essa produção”, comentou a gerente regional da Emater/RS-Ascar, Lúcia Souza. O Dia de Campo sobre Fruticultura foi promovido pela Emater/RS-Ascar, Afubra, Embrapa e UFSM.

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