A reinauguração, nessa sexta-feira, da Feira Rural Central de Santa Cruz do Sul reveste-se de simbolismo oportuno para marcar esse que, afinal, foi o Dia do Agricultor. Definitivamente, não é data qualquer, em termos de celebração de personagens de relevância, para uma região como o Vale do Rio Pardo, apoiada com ênfase sobre a agricultura familiar e a pequena propriedade rural, formato de produção agrícola e pecuária introduzido a partir da chegada dos primeiros imigrantes alemães, em dezembro de 1849.

A produção de hortigranjeiros, comercializados nesta Feira Rural e em todas as demais similares espalhadas pelo ambiente urbano e em localidades do interior, tem sua origem justamente em propriedades que, ainda hoje, replicam o mesmo sistema de ocupação, conduzidas em sua maioria por mão de obra familiar. Assim como foi no princípio, há 174 anos, quando os primeiros imigrantes se estabeleceram na Alte Pikade, a atual Linha Santa Cruz, quando plantavam para sua subsistência e comercializavam o excedente, as famílias que integram a Associação Santa-cruzense de Feirantes (Assafe) adotam o mesmo modelo. O que plantam, antes de mais nada, alimenta a própria família, ainda que, obviamente, tenham nesse mix de produtos da melhor qualidade a sua fonte de receita, com a venda.

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E a qualidade pode ser comprovada pelos consumidores a cada nova edição. A constatação é de que a Feira Rural, a começar pela pioneira, do Centro, cujo prédio foi reinaugurado, não deixa nada a dever a um Mercado Público. A cada semana, clientes se surpreendem com a criatividade e a diversidade de itens. Essa é mais uma característica de uma dinâmica agricultura, nascida com os imigrantes europeus (alemães, italianos, poloneses, ucranianos, pomeranos, tantos outros) e forjada pelas mãos destes. Numa semana em que, na terça-feira, festejou-se o Dia do Colono, remetendo aos primeiros alemães que se fixaram em 25 de julho de 1824 em São Leopoldo, a cerimônia junto à Feira Rural fecha com chave de ouro essa celebração do que de mais importante os colonizadores introduziram na região.

E assim chegamos a este último fim de semana de julho, que traz, neste domingo, a expectativa pela partida decisiva que o FC Santa Cruz disputará contra o Passo Fundo, pelas quartas de final da Série A2 do Gauchão. Se superar o adversário, o Galo estará na semifinal e, assim, a um passo de retornar à Elite do Campeonato Gaúcho. A Gazeta, que acompanhou toda a caminhada do Santa Cruz na fase classificatória, detalhando-a nas transmissões dos jogos pela Rádio Gazeta FM 107,9 e com repercussão pelo Portal Gaz e, claro, pela Gazeta do Sul, mobiliza sua equipe a fim de contar a ouvintes e leitores a classificação do Galo para a semifinal. A Gazeta está ao lado do Galo em mais uma façanha que ele haverá de concretizar.

Boa sorte, FC Santa Cruz! E bom final de semana para todos.

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