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Maquetes táteis produzidas pela Unisc em parceria com o Margs são incentivo à acessibilidade

Foto: Alencar da Rosa

Equipe da Unisc com representantes do Museu de Artes do Rio Grande do Sul e a secretária estadual da Cultura, Beatriz Araújo

Imagine percorrer um ambiente histórico e cheio de ricos detalhes arquitetônicos sem conseguir enxergá-los, nem ter a percepção da dimensão do local que está sendo visitado. Essa é a situação de muitas pessoas que têm diferentes graus de deficiência visual. Até essa quinta-feira, 27, elas visitavam a estrutura do Museu de Artes do Rio Grande do Sul (Margs), na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, e circulavam pelo ambiente, que já tem uma série de inovações para acessibilidade, mas ainda não tinham noção da grandiosidade do espaço. Um projeto desenvolvido em parceria com o curso de Arquitetura da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) mudou esse panorama.

Foram inauguradas, na tarde dessa quinta, as maquetes táteis do Margs. Trata-se de uma representação em miniatura da estrutura do museu, criada em MDF de diferente espessura e aspereza, com proporção de um para 50. Significa que é 50 vezes menor do que a original, mas traz riqueza de detalhes, que podem ser sentidos nas pontas dos dedos daqueles que passarem pelo saguão do espaço cultural.

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O momento da inauguração da estrutura, que ficará permanentemente no local, coroa o aniversário de 69 anos do Margs. “É um pré-aquecimento dos 70 anos, demonstrando nosso desejo de avançar na acessibilidade e fazendo com que esse prédio, que foi construído em outras épocas, que tinham outras demandas, possa ser adaptado. Além disso, conseguimos unir às maquetes um pouco da história do museu”, diz o diretor Francisco Dalcol.

A solenidade foi acompanhada por representantes do museu, que também participaram do projeto; público; comitiva da Unisc e a secretária estadual da Cultura, Beatriz Araújo. Ela ressaltou a importância de o Margs abrir espaço para pessoas que não teriam condições de acessar a cultura. “O Margs passou por muitos momentos e, agora, vive políticas de inclusão, que estão chegando aos não públicos [pessoas que eram impedidas de ter acesso aos ambientes socioculturais]. Todas as instalações devem servir de modelo para atrair essas pessoas e toda a sociedade”, frisa.

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Beatriz reforça a grandiosidade conquistada pelo Margs com as recentes reformas, que o tornam um ambiente propício para a recepção do público, a apresentação da história e de exposições contemporâneas.

Iniciativa de sucesso

O projeto para a construção das maquetes táteis é uma parceria do Margs com a Unisc, viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura nacional e do grupo Amigos do Margs, com apoio técnico da Associação dos Cegos do Rio Grande do Sul. A entidade orientou sobre a descrição em braile, que permite aos deficientes visuais terem acesso ao conteúdo disponibilizado.

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As duas estruturas – uma somente do primeiro piso e a outra dos dois andares – foram feitas entre 2021 e 2023 e representam os 4.855 metros quadrados do prédio, que abriga o museu desde 1978. Fundado em 1954, o Margs já foi sediado no Theatro São Pedro e no Edifício Paraguay, em Porto Alegre.

Eliane Nascimento, que é deficiente visual, foi a primeira a experimentar as maquetes. “É muito interessante esse projeto pela inclusão, por nos permitir conseguir localizar e imaginar a estrutura que estamos visitando. Tocando, começo a imaginar”, afirma. Ela fez a visita inaugural no Margs acompanhada do amigo Maurício Wolker, que é da Associação dos Cegos, e ficou encantada.

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Encantamento externado também pelo coordenador do projeto e professor do curso de Arquitetura da Unisc, Alex Carvalho Brino. “As maquetes amplificam a experiência dos visitantes, mas elas têm que ser funcionais a quem não tem a visão completa e, também, bonitas para os que conseguem ver. E foi o que conseguimos”, afirma.

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