Uma das maiores polêmicas em torno da duplicação da RSC-287 parece estar chegando ao fim. Trata-se da regularização dos acessos a residências e pequenas propriedades, cuja execução será feita pela concessionária Rota de Santa Maria e custeada pelo governo do Estado. Em entrevista ao jornalista Leandro Porto no programa Rede Social da Rádio Gazeta FM 107,9, o secretário de Estado de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, falou sobre esse e outros temas que envolvem a principal rodovia do Vale do Rio Pardo.
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Capeluppi explicou que a regularização é um processo de adequação técnica dos acessos para garantir segurança a todos os que transitam e também àqueles que vão acessar a rodovia. “Sabemos que existem muitas residências e propriedades às margens da 287, então um acesso inadequado gera muitos riscos”, disse. Segundo ele, além do desenvolvimento econômico, a duplicação tem como grande objetivo oferecer um deslocamento mais seguro para todos os motoristas e pedestres.
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Ele salientou que a concessionária será a responsável pelos trabalhos, a partir de diretrizes técnicas emitidas pelo Estado. “A secretaria vai determinar quais são as intervenções de engenharia necessárias para alcançar essa segurança que estamos falando, e a empresa vai executá-las.” Ainda segundo Pedro Capeluppi, as obras serão executadas juntamente com a duplicação, conforme o cronograma já disponibilizado. “Conforme forem sendo concluídos, haverá a comunicação de como se dará o acesso à rodovia em cada um dos trechos.”
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Uma situação muito comum demonstrada pelo secretário é a de localidades onde existem vários acessos à pista próximos uns dos outros. “Isso terá de ser readequado, precisaremos de uma solução de engenharia para garantir que essas pessoas possam chegar à pista de maneira segura.” Uma das possibilidades citadas é a construção de vias laterais para que essa entrada dos veículos na RSC-287 ocorra a partir de um único ponto. “A concessionária vai executar isso para que tenhamos uniformidade das soluções e celeridade do processo”, reforçou.
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Em relação aos custos, Capeluppi revelou que a concessionária irá executar todos os projetos necessários. Mais tarde, com o levantamento dos valores concluído, poderá fazer a cobrança nas tarifas dos pedágios. “Esse repasse, no entanto, é muito pequeno. Conforme as nossas contas iniciais, representa algo em torno de R$ 0,05 a R$ 0,08 no valor.” Reiterou se tratar de um impacto muito pequeno se comparado ao benefício para os usuários e que tudo será feito ao longo do contrato, tanto as obras como os reajustes.
Projeto de duplicação segue em elaboração
Ao comentar o início das obras para a duplicação da RSC-287, o secretário de Estado de Parcerias e Concessões informou que a Rota de Santa Maria continua elaborando o projeto. “É importante mencionar que nós precisamos aprovar, então o fluxo natural é que a concessionária nos envie essas propostas para que nossos técnicos e engenheiros avaliem se está adequado com aquilo que prevê o contrato.” O trecho mais avançado nesse sentido, de acordo com ele, é o próximo a Tabaí.
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Vale ressaltar, contudo, que o contrato prevê prazos para a apresentação dos projetos de duplicação de todos os trechos. “A concessionária não tem uma data certa para começar, mas tem um prazo para concluir, isso também está no contrato”, afirmou. Para ele, as diversas audiências públicas realizadas evidenciam a preocupação e o empenho da comunidade com a principal rodovia da região. Ele elogiou ainda a participação de diversos líderes políticos e garantiu que o governador Eduardo Leite acompanha de perto tudo o que envolve a 287.
Por fim, Capeluppi disse não acreditar que os diversos protestos e atos públicos já realizados até o momento possam atrasar o início da duplicação ou prejudicar o andamento. “Tanto o Estado como as prefeituras têm mantido o diálogo para evitar que demandas atrapalhem a execução dos projetos. O nosso papel têm sido orientar sobre a forma de como proceder para enviar esses pedidos.”
Ele enfatizou ainda a necessidade de manter uma relação de confiança com a Rota de Santa Maria, tendo em vista a permanência dela na administração da RSC-287 pelas próximas décadas.
“Transtornos são consequência das obras”
Um dos líderes do movimento Duplica 287, o diretor de Marketing da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, Lucas Rubinger, entende que os transtornos enfrentados pelos usuários são uma consequência das obras. “Toda transformação tem uma dor e nós estamos nesse momento. Claro que todos nós queríamos a rodovia duplicada em um estralar de dedos”, disse também em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Segundo ele, a ACI mantém contato direto com a Rota de Santa Maria para apresentação de cobranças e demandas.
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Para Rubinger, no entanto, a execução dos trabalhos está de acordo com o esperado e as obras de recuperação da estrutura da rodovia eram uma exigência já conhecida há décadas. “Na época da Santa Cruz Rodovias, isso já era sabido. Depois a EGR ignorou completamente, e agora estamos vendo essa engenharia pesada ocorrendo na RSC-287.” Ele diz que algumas coisas estão até mesmo adiantadas, como o videomonitoramento de toda a extensão. Outras, porém, como a duplicação do perímetro urbano de Santa Cruz do Sul, podem não estar concluídas até o fim do terceiro ano da concessão.
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