O atual tesoureiro da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Laurindo Drescher, vai concorrer à presidência da entidade. A eleição irá ocorrer durante a assembleia ordinária anual, no próximo sábado, 29, no Teatro Mauá, em Santa Cruz do Sul, a partir das 7h45. A chapa ainda terá Romeu Schneider como vice-presidente, Marco Antônio Dornelles como primeiro secretário e Fabrício Murini como primeiro tesoureiro. O atual presidente, Benício Albano Werner, passará a ser o segundo tesoureiro.

Em entrevista ao programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9 na manhã da última sexta-feira, 21, o atual presidente da Afubra, Benício Werner, explicou que em 2015 a entidade introduziu nas regras a permanência no mesmo cargo da diretoria executiva por quatro anos, podendo ficar mais quatro em caso de reeleição, a exemplo do que ocorre nas eleições para prefeito. “Assim, todos nós que estamos na titularidade, tanto eu quanto o Romeu e o Marcílio, e também o vice Marco Dornelles, temos que fazer a troca, não necessariamente sair da diretoria”, frisou.

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Drescher já ocupou a presidência da Afubra, de março de 2006 a julho de 2007. Ele era vice na diretoria presidida então por Hainsi Gralow. Ele assumiu o comando da entidade após a morte de Gralow. Para o conselho deliberativo, também está prevista uma renovação. A posse da nova diretoria e do conselho ocorrerá no mesmo dia da assembleia ordinária.

Além da eleição, uma das questões mais importantes que devem ser abordadas na assembleia é o valor da unidade referencial mutual na safra 2023/24 e a taxa de contribuição para o auxílio de danos em lavouras. Os associados deverão deliberar por um reajuste, cujo percentual deve ser definido em reunião virtual do conselho na próxima semana.

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Devido ao volume de prejuízos nas lavouras, nas últimas três safras a Afubra teve que recorrer ao fundo de reserva para cobrir todas as despesas com indenizações. Apenas no ciclo 2022/23, o valor das indenizações por danos nas lavouras atingiu R$ 179.747.000,00. Com o auxílio-funeral e a cobertura para estufas incendiadas, o montante é de R$ 200 milhões. O encontro ainda terá a homologação da prestação de contas da entidade.

Avaliação

Ao fazer uma avaliação do período em que esteve no comando da Afubra, Benício Werner afirmou que a principal preocupação se relaciona à Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que combate o consumo de cigarros. O dirigente explica que o Artigo 17 da convenção prevê a diversificação nas propriedades produtoras de tabaco. “Como nossos produtores têm uma diversificação grande, isso não estava nos preocupando”, explicou. No entanto, a apreensão aumentou com a campanha “Precisamos de comida e não de tabaco”.

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O dirigente da Afubra salientou que os produtores precisam do tabaco para produzir comida. Dos quase R$ 18 bilhões de renda gerados nas propriedades fumicultoras do Sul do Brasil na última safra, quase a metade é procedente da produção vegetal e animal. Conforme Werner, o tabaco no último ciclo aumentou um pouco o percentual de participação na renda, pois houve maior valorização, enquanto o preço dos grãos apresentou queda.

Entre os avanços da Afubra desde 2007, Werner cita a abertura de novas filiais da entidade em mais municípios nos três estados do Sul. Isso favoreceu a proximidade com os produtores, que passaram a ter mais facilidade para pedir orientações.

Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback

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