As grandes intervenções pelas quais estão passando a RSC-287 e a BR-290, algumas das principais rodovias do Vale do Rio Pardo, são motivo de atenção para a Associação Brasileira de Usuários de Rodovias (Abur). A instituição foi criada em 2017, em Porto Alegre, e tem como objetivo atuar junto ao poder público e líderes políticos no País para articular interesses e apresentar demandas que melhorem as condições de trafegabilidade, tudo isso em favor do desenvolvimento das regiões por onde passam.
De acordo com o presidente da Abur, Gerri Machado, constantes manifestações têm sido realizadas ao longo da BR-290 – a última delas em Alegrete – para mostrar aos governantes a necessidade de manutenção e expansão da rodovia. Conforme ele, as últimas informações repassadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) indicam que os cerca de 14 quilômetros de duplicação em Pantano Grande devem ser entregues ainda neste ano. Além disso, estão garantidos R$ 178 milhões para os lotes 1 e 2, entre Pantano Grande e a Região Carbonífera. Esses valores estão previstos no orçamento da União para 2023.
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Os contratos para a execução dos trabalhos nesses lotes já venceram e não há mais possibilidade de renovação. Buscando evitar a abertura de processos licitatórios, o Dnit está tentando alternativas jurídicas para a retomada. “Está bem encaminhado, já existem alguns pareceres favoráveis. A expectativa é de que em pouco tempo possamos ter obras acontecendo nesses locais com os recursos disponíveis”, explica Machado.
Esses R$ 178 milhões são o maior volume de recursos que a BR-290 já recebeu. Nos últimos quatro anos, somente R$ 50 milhões haviam sido destinados para a rodovia. “Com isso, nós estamos otimistas que essa duplicação possa ser concluída no mandato do atual governo.” Em 2024, o objetivo da Abur é conseguir mais R$ 200 milhões do orçamento da União. Para concluir a duplicação entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, o custo estimado é de R$ 860 milhões. Quanto ao restante da estrada, entre Pantano e Uruguaiana, a Abur tenta junto ao Dnit o início de um estudo de viabilidade para construção de terceiras faixas nos trechos mais críticos.
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“Toda parada para obras significa desenvolvimento”
Ao comentar a situação da RSC-287, cujas obras de manutenção estão provocando uma variada gama de problemas e reclamações por parte dos usuários, Gerri Machado diz que o progresso sempre vem acompanhado de contratempos. Para ele, a comunidade precisa se reorganizar e entender que passará mais tempo no trânsito durante as viagens e deslocamentos. “Toda parada por necessidade de obras significa desenvolvimento, nós temos que nos conscientizar disso. Felizmente temos uma duplicação provocando esses transtornos.”
No início do mês, o presidente da Abur participou de uma reunião com secretários de Estado, entre eles o de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi. A pauta foi a criação do Conselho de Usuários da RSC-287. “A partir da criação desse órgão nós teremos mais proximidade com a Rota de Santa Maria, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e as secretarias para monitorar os problemas.” Depois de criado, esse grupo terá integrantes do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP), prefeituras e produtores rurais, entre outros.
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Necessidade de recursos
Para manifestar ao governo federal a necessidade de recursos para a duplicação da BR-290, a Abur convida a população a votar no item criado no Brasil Participativo, um sistema do Executivo Federal para o recebimento de propostas ao Plano Plurianual (PPA). Para votar, basta escanear o QR Code e fazer o login na plataforma gov.br.
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