Os últimos dias têm sido de reconstrução para famílias de Vera Cruz. A cidade foi uma das mais atingidas pelo ciclone extratropical que passou pelo Estado na semana passada. Tão logo as primeiras pedras de granizo começaram a estragar os telhados de residências, ainda na madrugada de quarta-feira, a Prefeitura iniciou a mobilização para atender a comunidade.

Desde então, telhas, lonas, colchões, cobertores, kits de higiene, cestas básicas e galões de água vêm sendo distribuídos à população. O prefeito Gilson Becker confirmou que nesta segunda-feira, 17, será entregue um relatório com o levantamento de todas as residências atingidas, junto do decreto de emergência. Esse documento será encaminhado para a Defesa Civil do Estado, que o repassará também para a União.

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Após a análise e comprovação dos fatos, o que pode durar alguns dias, os órgãos devem destinar mais telhas e materiais para o município. “Pela nossa estimativa, foram 3 mil residências atingidas. Estamos elaborando esse documento para especificar quantas telhas serão necessárias para cada casa, e qual o tipo. Estamos trabalhando e esperamos que o tempo nos ajude nessa semana para continuarmos reconstruindo as perdas”, salientou Becker.

As doações estão sendo concentradas no Ginásio Municipal Segefredo Werner, o Guidão. “Nesta segunda vamos receber mais cestas básicas da Secretaria Estadual de Assistência Social. Agradecemos também pelo auxílio de entidades, empresas, voluntários e toda essa rede de solidariedade das pessoas com a nossa população”, complementou o prefeito de Vera Cruz.

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As pessoas que tiverem entulhos em casa, telhas quebradas ou móveis danificados para descarte, devem colocá-los na frente das residências, para serem recolhidos pela Prefeitura. Não será cobrada nenhuma taxa.

Quem quiser auxiliar com dinheiro pode depositar qualquer valor na conta da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária (Acisa) de Vera Cruz, pelo Banco Sicredi, agência 0156, conta corrente 24.609-3. Ou através do Pix 51 9 8585 5490.

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Estado registrou duas mortes devido à passagem de novo ciclone

Não foi somente o dano material que o ciclone extratropical deixou na semana passada no Estado. Duas mortes foram confirmadas pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul. Danilo Francisco Porciúncula da Silva, de 67 anos, morreu na quinta-feira após uma árvore cair na casa em que ele morava, no Bairro Vila Maria dos Anjos, em Rio Grande. Já na sexta, Ronildo Pereira Xavier, de 43 anos, foi encontrado morto, debruçado sobre a estrutura de uma ponte que passa pelo Arroio Saraquá, no Bairro Jardim do Cedro, em Lajeado.

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Ele era morador de Gravataí e teria embarcado na quinta em um ônibus para Lajeado, onde mora seu filho. A principal hipótese é de que ele tenha se afogado com a enchente. Outras três mortes ocorridas durante um incêndio, em uma casa do Bairro São Miguel, em Rio Grande, na quinta-feira, são investigadas. As vítimas foram identificadas como Ketlin Moura da Silva, de 27 anos; o filho Heitor Moura da Silva, de 2 anos; e um vizinho deles, Natan Mano Sena, também de 2.

No local, também estavam outras duas crianças, ambas de 7 anos, que foram socorridas e não correm risco de morte. O fogo na residência onde eles estavam teria iniciado após a mulher acender uma vela devido à falta de luz, por consequência do mau-tempo. Por considerar que não tiveram uma ligação direta com o ciclone, a Defesa Civil do Estado não contabiliza essas mortes.

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