Estava tudo combinado para que a chegada do rebento Davi Luiz da Cruz Storch fosse um grande evento na vida das famílias de Marielle Garcia da Cruz Coimbra e Samuel Patrick Storch. No entanto, o nascimento do pequeno coincidiu com o tempo de isolamento imposto pelo novo coronavírus e a pandemia transformou a comerciária em uma “mãedemia” – mãe de primeira viagem durante a pandemia.
“Queríamos ter feito o chá do bebê. Não deu. Pensamos em fazer um chá de boas-vindas. Também não deu. Nossos amigos estão conhecendo ele pela internet, e pelo jeito, festa mesmo só no primeiro aninho”, justificou Marielle. Para a família do Bairro Bonfim, em Santa Cruz do Sul, a solução será esperar até o próximo 22 de abril.
Ainda se adaptando aos horários do Davi Luiz, o casal se organiza. No meio da conversa, Marielle faz uma pausa e dá o peito ao pequeno, que depois dorme o sono dos recém-nascidos. Tranquilo, no colo dela ele repousa sem saber direito o que acontece. “Eu me preocupo muito porque Davi nasceu em um tempo cruel demais. Estamos com falta de água, com crise, doença. Poderia ter sido diferente”, disse a mãe.
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Ao lado do pai, que é militar e está afastado para ajudar a proteger a família, Marielle comemora no domingo o primeiro Dia das Mães. Segundo ela, uma data de muita alegria e esperança, sobretudo. “Enquanto não dá para receber visitas a gente fica aqui, na espera. Às vezes tenho vontade de tirar a cortina da janela da sala e fazer uma vitrine, como no hospital”, contou Marielle.
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