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10,2% em março

Atividade industrial registra queda recorde no Rio Grande do Sul

Foto: Banco de Imagens

Tudo indica que o saldo de 2020 será negativo

Após registrar alta em janeiro e fevereiro, a atividade industrial no Rio Grande do Sul teve uma queda recorde de 10,2% em março, segundo o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado essa semana pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Dois dos indicadores apresentaram, segundo o estudo, recuos históricos: horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada. Componentes como faturamento real e compras industriais também tiveram baixas expressivas. A crise igualmente atingiu com força o emprego, que registrou a segunda maior queda desde janeiro de 2003. O único indicador que cresceu foi a massa salarial real, mas por conta do pagamento de participação em lucros.

Segundo o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, os resultados indicam que a pandemia do novo coronavírus levou a indústria a “um declínio em velocidade e profundidade sem precedentes.” “E isso é extremamente preocupante. Com a demanda muito fraca e com os impactos das restrições em toda sua extensão, a queda deve se intensificar em abril e novos recordes negativos devem ser observados”, alertou.

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Ainda conforme Petry, as expectativas para o setor são pouco animadoras no curto prazo e a tendência é que a recuperação seja lenta. Tudo indica que o saldo de 2020 será negativo. O resultado do IDI-RS de março supera a queda verificada em maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros, e a de novembro de 2008, ápice da crise financeira internacional.

O recuo no primeiro semestre ocorreu na maioria dos setores pesquisados – ao todo, dez das 17 atividades consultadas tiveram desempenho negativo. Os segmentos de máquinas e equipamentos e de veículos automotores foram os mais impactados, mas os setores de químicos e refino de petróleo, couros e calçados e tabaco (base da economia do Vale do Rio Pardo) também puxaram para baixo. Na contramão, alimentos, produtos de metal, borracha e plásticos e bebidas tiveram desempenho positivo.

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