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PRIVATIZAÇÃO DA CORSAN

“O mais importante é melhorar esses níveis de atendimento”, garante representante da Aegea

​Leandro Marin, vice-presidente de Operações do grupo Aegea, explicou sobre plano de investimentos da empresa

A Aegea, nova controladora da Companhia Riograndense de Sanemaneto (Corsan), apresentou na manhã desta terça-feira, 11, os pilares do trabalho para os primeiros 100 dias de operação. Em entrevista coletiva transmitida online foram detalhados os investimentos programados para a infraestrutura de abastecimento de água e expansão do sistema de esgotamento sanitário nos 317 municípios atendidos pela Corsan.

Divididas em três eixos de atuação, as iniciativas contemplam a entrega de um pacote de 356 intervenções. Dentre as principais ações anunciadas está a ativação do Plano Litoral, com o objetivo de implantar um novo sistema de tratamento e dispersão de esgoto no Litoral Norte; e os primeiros passos do Plano de Resiliência Hídrica, cujo foco são ações de combate à falta d’água e o fim do uso estrutural de caminhão-pipa. O vice-presidente de Operações do Grupo Aegea, Leandro Marin destacou algumas intervenções que devem ser realizadas para melhorar o atendimento prestado à população.

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“Perfuração de poços, melhoria de reservatórios, adutoras que tem gargalos na distribuição, substituição de redes, tem um plano aí. Em resumo, serão 56 quilômetros de rede de esgotamento sanitário, 57 quilômetros de adutoras e redes de abastecimento de água, e mais 38 das adutoras principais. Cada região vai ter um pacote de intervenções nesse primeiro momento”, revela.

A Aegea também projeta um plano estrutural para combater perdas. Leandro Marin observa que 41% da água tratada pela Corsan não chega até as residências. “Sem dúvida, um desafio do saneamento no Brasil é combater perdas e melhorar esse desperdício e essa fuga de água entre o que é captado e tratado e o que passa nos hidrômetros das residências. Esse número passa da ordem de 40%, então temos também um plano estrutural para combater essa questão”, analisa.

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Outro eixo de atuação da nova controladora da Corsan diz respeito ao enfrentamento da escassez de água nos municípios atendidos. O vice-presidente da Aegea também considera que serão feitos investimentos no centro de operação e controle da companhia.

“A ideia é melhorar e trazer ferramentas de gestão do sistema a partir desse Centro de Operações Integradas (COI), onde a gente consegue enxergar todos os sistemas: de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgoto; as equipes que estão na rua, os carros que estão em deslocamento… a partir do COI. A gente está trazendo esse conceito que a gente aplica nas nossas operações. O COI da Corsan já está em operação, e, na medida em que a gente vai melhorando ele, trazendo mais ferramentas e funcionalidades para que a gente consiga operar esse sistema, antecipar problemas e tabular soluções para os sistemas de abastecimento de água de maneira muito rápida, quase que em tempo real”, conta.

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O diretor de operações da Aegea, sinalizou que apesar do atraso na assinatura do contrato, a previsão de investimentos supera R$ 1 bilhão em 2023. “O programa de 100 dias, o programa do Litoral, o início dos projetos e estudos para fazer frente à universalização do esgotamento sanitário, esse plano de combate às perdas… Tudo isso tem ações que até antes das obras demandam estudos e projetos que já são investimentos relevantes. Então, sim, a gente acha que vai haver algum ajuste por conta desse atraso, mas a gente deve superar essa casa de bilhão esse ano ainda. Mais importante que o número, é já começar a efetivamente melhorar esses níveis de atendimento”, reforça.

Marin ainda explica que as obras dos primeiros cem dias vão causar impactos relevantes em todos os municípios atendidos. “Problemas do dia a dia que, com uma intervenção média, relativamente média para pequena, a gente resolve um problema importante. Então, a ideia é que em todos os municípios haja algum tipo de intervenção dessa natureza. O Plano Litoral tem um cronograma de ações que começa por Capão da Canoa, tem obras em Xangri-Lá e tem obras em todos os municípios ali para destravar. Mas, o mais crítico ali, é a região de Capão da Canoa e Xangri-Lá, pelo que a gente identificou, onde essa situação ali do saneamento está travando todo o desenvolvimento, além, obviamente da poluição das praias, lençóis, lagoas e tudo mais; e tem um plano detalhado ali para essa região”, diz.

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Questionado sobre a possibilidade de reversão da assinatura do contrato nos tribunais, o diretor de Relações Institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen, afirmou ter convicção na mais perfeita lisura do procedimento. “Acabou sendo atestado, na justiça comum, embora pendente de julgamento definitivo, pela equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado, onde a auditoria por duas vezes reforçou a correção do procedimento do leilão, seja do leilão e do momento anterior ao leilão. Então nós temos a convicção de que isso é irreversível, é uma questão de aguardar agora as demais tramitações. E também em relação à Justiça do Trabalho, depois do acordo inédito feito pela empresa, em 18 meses de estabilidade, prorrogação de 18 meses do acordo coletivo, numa clara demonstração daquilo que sempre foi dito: de que a empresa pretende trabalhar com os servidores da Corsan, dentro, evidentemente, da nova filosofia, mas todos aqueles que quiserem trabalhar nessa filosofia serão bem-vindos, e esse acordo é prova disso”, enfatiza.

Entenda

Após o governador Eduardo Leite assinar o contrato de venda e transferência da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para o grupo Aegea na última sexta, a empresa realizou uma coletiva de imprensa em Porto Alegre na manhã desta terça. O processo de privatização da companhia foi arrematado em leilão em dezembro do ano passado por R$ 4,151 bilhões. O grupo afirma que a a marca e o nome da Corsan serão mantidos.

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