Este 1º de julho será uma data especial para Santa Cruz do Sul. A Sociedade Cultural e Beneficente União, mais conhecida como “Uniãozinho”, vai completar 100 anos de existência neste sábado. É um século de atividades em um espaço criado para confraternização e expressão da cultura negra no município. Poucas entidades no Rio Grande do Sul têm uma trajetória semelhante.
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O clube que deu origem à escola de samba Acadêmicos do União se mantém ativo, promovendo oficinas, ações socioeducativas, exposições e outras atividades. A tradicional sede na Júlio de Castilhos tem suas portas abertas. E merece todo reconhecimento quem, apesar das dificuldades, se esforça para manter em funcionamento um local tão representativo. O Uniãozinho é um símbolo da presença da comunidade afrodescendente, uma referência para lembrar – nunca é demais – que Santa Cruz é um município construído com a participação e trabalho de diferentes culturas.
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A Sociedade Cultural e Beneficente União não tinha esse nome quando foi fundada no dia 1º de julho de 1923, por João Antônio Lopes, Olmiro Bastos, José Garibaldi Filho, Francelino Garibaldi, Agenor Garibaldi e Manuel Flores. Chamava-se então Sport Club União, pois mantinha seu foco nos esportes, principalmente o futebol. Com o passar do tempo, o campo de atuação se expandiu com atividades recreativas, culturais e artísticas. Desse modo, transformou-se em um espaço de preservação e divulgação da cultura afro-brasileira em Santa Cruz do Sul.
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E muitas iniciativas ganharam corpo ao longo de 100 anos. Em 2013, o documentário Pérola Negra, produzido em comemoração aos 90 anos da entidade, relembrou a trajetória do Uniãozinho a partir de depoimentos. Disponível no YouTube, é um documento relevante para a memória histórica de Santa Cruz. São muitas pessoas, famílias, que cresceram fortemente envolvidas com o clube.
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Fica a expectativa de que não se encerre tão cedo a trajetória da Sociedade Cultural e Beneficente União, e que muitas décadas venham pela frente. Os tempos mudam, mas há coisas imprescindíveis que não perdem o seu significado. Cultura e memória estão entre elas
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