Agricultores que vivem às margens da RSC-287 entre os municípios de Santa Maria e Tabaí exigem a suspensão das notificações de regularização de acessos às propriedades, a anulação das notificações expedidas até agora, uma audiência com o governador Eduardo Leite, acesso ao projeto final de duplicação e posicionamento sobre as propostas de alterações feitas por prefeituras, sindicatos de trabalhadores rurais e o deputado Elton Weber (PSB) em 2022. Indignados, eles cogitam organizar protestos na estrada se o governo estadual e a Concessionária Sacyr não resolverem a situação imediatamente. Desde o mês passado, agricultores estão sendo notificados pela Sacyr.
Esses encaminhamentos saíram na audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, ocorrida nesta terça-feira, 26, em Porto Alegre. O encontro acabou sem explicações concretas ou satisfatórias, com críticas à ausência de diretores da Sacyr e do secretário de Parcerias e Concessões Pedro Capeluppi, que enviaram apenas representantes. Mais de 100 pessoas entre produtores, prefeitos e vereadores de Candelária, Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Venâncio Aires, Vale do Sol, Novo Cabrais e Tabaí participaram.
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Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e representante da presidência da Fetag-RS na audiência, Juarez Candido deu o recado. “Os agricultores trouxeram hoje um aviso do que vai acontecer lá se não tomarem uma providência de imediato. Não é ameaça, mas os sindicatos, a Fetag, estão cansados de segurar os agricultores, de aconselhar para não abrirem as porteiras dos pedágios. Porque é isso que deveriam fazer, quem não atende seus compromissos não pode cobrar”, ressaltou, alertando para a possibilidade de protestos.
Weber destacou que ninguém é contra a duplicação, mas que é inaceitável que os agricultores estejam “no escuro” sobre o que acontecerá e paguem o projeto de acesso do próprio bolso. “É absurdo não termos ainda o traçado final da rodovia, nem posicionamento sobre as propostas para viabilizar a atividade nas propriedades rurais. E além de todos os transtornos para entrar e sair de suas terras, os agricultores também serão penalizados com os custos?”, questiona Weber.
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Durante a audiência, Weber resgatou o histórico da duplicação que deveria melhorar a vida de todos, mostrou que os agricultores não foram ouvidos e detalhou a proposta entregue ao governo estadual, ERG e Sacyr até agora sem resposta. A proposição inclui vias marginais para o deslocamento de moradores, máquinas e equipamentos agrícolas; construção de cruzamentos através de passagens subterrâneas conectando as vias marginais; instalação de passarelas em trecho com alto fluxo de moradores; e construção de rotatórios e acessos as principais comunidades rurais.
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