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“Autor do assalto ao posto não é o que foi apresentado”, diz delegado Faturi

Gerou grande repercussão uma prisão efetuada na madrugada deste domingo, 18, em Santa Cruz do Sul, de um homem de 24 anos, apontado pela Brigada Militar (BM) como o autor de um assalto a posto de combustível na noite de sábado, 17. O crime aconteceu às 19h50, em estabelecimento que fica na Travessa Vinícius de Moraes, imediações da rodoviária. O suspeito foi capturado 1h10 na Rua Adolfo Pritsch, Bairro Bom Jesus.

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Dentre os detalhes que levaram a BM a prender o homem, estava imagens de câmeras de segurança que indicavam a semelhança física do autor com o preso, e também o depoimento da funcionária do posto, que reconheceu e apontou ele como o autor. Mesmo assim, ele foi liberado após ser conduzido por uma guarnição da Força Tática até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

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Plantonista na madrugada deste domingo, o delegado Anderson Faturi detalhou as razões que o fizeram liberar o suspeito. “O fato aconteceu antes das 20 horas de sábado e a prisão foi efetuada por volta de 1h10. Isso, por si só, já bastaria para não autuar ele em flagrante porque a lei não permite, pois só é quem for pego cometendo o crime ou é encontrado logo depois, em perseguição ou buscas imediatas, que seja próximo ao momento do delito.”

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Embora o delegado tenha detalhado a legislação para o caso, ele explica que não foi esse o motivo concreto para não ter autuado o homem de 24 anos em flagrante. “Não autuei porque, pelas imagens que a gente recebeu, dá pra ver que o autor do assalto ao posto não é o que foi apresentado”, salientou.

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“Tal como o rapaz apresentado, o autor também possui uma tatuagem no pescoço em forma de diamante, mas tem outras além dessa, assim como uma mancha, o que o suspeito não tem. E dá pra ver também que a tatuagem em comum não é totalmente igual, sem falar que o homem apresentado está com a roupa diferente da que o que cometeu o crime. Não foi achado com dinheiro, nem com arma, e não tem antecedentes, é ficha limpa.”

Sobre o depoimento da vítima, que alegou que aquele era o autor, o delegado afirmou que não o convenceu. “Essa funcionária do posto, para mim, foi induzida no momento a fazer o reconhecimento. Devia estar sob estresse após o roubo. Não é muito fidedigno o depoimento desta testemunha”, frisou.

Por todas essas questões, segundo o delegado plantonista na madrugada de domingo, que é titular das delegacias de polícia de Rio Pardo e Pantano Grande, uma investigação deve ser traçada para apurar e esclarecer por completo todos os detalhes em aberto. “Eu não iria prender uma pessoa inocente só porque um policial militar quer que eu prenda ou a vítima diz que reconheceu. Os fatos agora vão ser devidamente apurados”, finalizou Faturi.

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