A literatura (bem, a arte em geral) sempre se esmerou em imaginar o (até então) inimaginável. Em alguns casos, de fato só antecipou o que algum tempo depois efetivamente se veria acontecer, com um senso de previsão inesperado, inclusive e especialmente no campo dos avanços tecnológicos. Mas o escritor paquistanês Mohsim Hamid faz jus à fama de um dos grandes nomes da literatura mundial na atualidade, que já lhe rendeu importantes prêmios. Acaba de chegar ao Brasil seu mais recente romance, O último homem branco, em tradução de José Geraldo Couto, para a Companhia das Letras, em 141 páginas, a R$ 69,90.
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Hamid, 51 anos, nascido em Lahore, tem no currículo preciosidades como O fundamentalista relutante, Como ficar podre de rico na Ásia emergente e Passagem para o Ocidente: um romance. Agora, é quase como se emulasse Kafka e José Saramago, ou se tivesse adotado a filosofia de coragem e inventividade do inglês Ian McEwan: nos apresenta Anders, um homem branco que, de repente, depara-se no espelho com alguém que não é ele; escureceu. E, na verdade, descobre que esse escurecimento é transmissível, e que a branquitude está em vias de ser extinguida para sempre.
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Na linha de Ensaio sobre a cegueira, de Saramago, Hamid promove uma (corajosa) reflexão sobre algo no qual, certamente, a humanidade deveria ter refletido, ou estar refletindo, desde sempre: que, afinal, a cor da pele não deveria significar nada, e sim apenas o que está além ou abaixo dela.
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