A chuva intensa provocada pela passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul causou estragos generalizados em várias regiões, entre elas o Vale do Rio Pardo. No interior de Santa Cruz do Sul, não foi diferente. Em Rio Pardinho, na região próxima à ponte sobre o Rio Pardinho, a moradora Clarinda Rieck, de 79 anos, ficou ilhada durante boa parte dessa sexta-feira, 16. Isso porque o acesso à residência foi interrompido pelo represamento de água na propriedade após o bloqueio de um córrego.
Segundo Clarinda, moradora da localidade há mais de 50 anos, o problema é antigo, mas vinha sendo resolvido com a limpeza do córrego, que passa por três propriedades e deságua no rio. “Agora, toda vez que chove um pouco mais forte, acontece isso. A minha filha precisa dormir fora de casa porque não consegue sair para trabalhar e o nosso vizinho, que cria gado, já perdeu vários animais afogados”, conta. Ela pede que a Prefeitura vá até o local e faça a limpeza do curso d’água como costumava fazer nos anos anteriores.
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Bairro Várzea
Região mais preocupante para desastres naturais em Santa Cruz do Sul, o Bairro Várzea voltou a sofrer com os alagamentos nessa sexta-feira. Com o grande volume de chuva registrado, o Rio Pardinho saiu do leito e deixou ilhados os moradores do trecho final da Rua Irmão Emílio. Algumas famílias foram retiradas pela Defesa Civil, com o auxílio do Corpo de Bombeiros e de militares do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB).
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Os trabalhos seguiram com o apoio do 7º BIB e, com a redução do nível da água, o buraco foi fechado com brita. Uma máquina da Secretaria de Obras e Infraestrutura também desobstruiu a canalização e permitiu um melhor escoamento. Durante a tarde, com a melhora progressiva da situação, o trânsito na via foi restabelecido aos poucos.
Na avaliação de Luiz Henrique Schilling, de 62 anos e morador do Bairro Várzea há 40 anos, os aterramentos que vêm sendo realizados ao longo da Irmão Emílio nos últimos meses contribuíram para piorar o problema. “Estão acontecendo coisas estranhas, a água subiu muito rápido por causa do aterro de uns diques aqui atrás”, disse, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.
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Na edição do fim de semana de 2 e 3 de junho, a Gazeta do Sul mostrou, em reportagem especial, as áreas de risco de Santa Cruz do Sul e destacou os problemas do Bairro Várzea.
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