Com base na atual expectativa de alta do Produto Interno Brasileiro (PIB) em 1,2%, as famílias deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022. A pesquisa IPC Maps 2023, que há quase 30 anos faz o cálculo do índice de potencial de consumo, aponta que os santa-cruzenses devem gastar R$5.934.243.437,00, o que mantém o município na 14ª posição no Rio Grande do Sul, no comparativo com 2022.
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No Vale do Rio Pardo, além de Santa Cruz, outros três mantiveram a sua posição dentro do mapa estadual: General Câmara, Rio Pardo e Venâncio Aires. Candelária, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande e Vale Verde melhoraram; e Boqueirão do Leão, Encruzilhada do Sul, Gramado Xavier, Passo do Sobrado, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz pioraram suas posições.
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Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, a movimentação ainda é baixa em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano passado, quando a economia se reergueu dos reflexos negativos da pandemia, somado aos repasses de valores significativos, por meio de programas sociais à população necessitada. “As benesses do então governo federal deixaram um saldo negativo ao atual, que não tem condições financeiras, pelo menos por enquanto, de puxar o progresso econômico por meio do consumo das famílias, principalmente aquelas de baixa renda”, avalia.
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Maior consumo é na habitação
Além de organizar o ranking do potencial, o IPC Maps aponta os hábitos de consumo de cada município, com separação em categorias, como classes sociais e faixas etárias. Na média, os maiores gastos dos santa-cruzenses serão com a habitação, superando R$ 1,3 bilhão neste ano. As demais categorias com mais volume são veículo próprio, alimentação em domicílio, alimentação fora, material de construção, medicamentos, plano de saúde e tratamento dentário, higiene e cuidados pessoais, vestuário e educação.
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Esses indicadores servem como baliza para eventuais focos de negócios, além de possibilitar o direcionamento de marketing das empresas consolidadas. O secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Márcio Martins, frisa que a administração municipal tem colocado em prática diversas medidas para atração de novos negócios e expansão dos estabelecimentos já existentes. “No ano passado foi regulamentada a Lei da Liberdade Econômica, incluindo mais 500 atividades consideradas de baixo risco, chegando a 800 no total”, cita.
Com a classificação em baixo risco, as empresas com esse perfil têm acesso a um enquadramento diferenciado, com maior facilidade para obtenção da inscrição municipal e consequente celeridade para o início das operações. “Também foi implantado o Tudo Fácil Empresas, em parceria com a Junta Comercial, Industrial e Serviços do RS (JucisRS), que possibilita a abertura de uma empresa em até dez minutos, em um único site e de forma gratuita”, acrescenta Martins.
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Santa Cruz conta com o Banco do Povo, que oferece linhas de crédito facilitadas e com juros baixos. De 2021 a abril deste ano, por exemplo, foram liberados R$ 16,4 milhões em crédito, atendendo 649 projetos/empreendedores. Na questão estrutural, quatro lotes já foram destinados para a expansão de empresas no Distrito Industrial II, outras seis estão encaminhadas.
Quanto ao novo modelo de empreendedorismo, o Gauten Parque de Inovação e Tecnologia, inaugurado no ano passado, possibilita um ambiente que favorece novas iniciativas e já conta com oito empresas instaladas e outras quatro na fila. “Também há o investimento em oficinas e cursos de capacitação
com foco no empreendedorismo”, conclui.
Base consumidora
Tradicionalmente, a classe B2 lidera o panorama econômico, representando cerca de R$ 1,5 trilhão dos gastos. Junto à B1, pertencem a 21,8% dos domicílios, assumindo 42,2% (mais de R$ 2,6 trilhões) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras. Presentes em quase metade das residências (47,8%), C1 e C2 totalizam R$ 2,1 trilhões (33,1%) dos recursos gastos. O grupo D/E, que ocupa 27,8% das moradias, consumirá cerca de R$ 622,7 bilhões (10%). Embora em menor quantidade (apenas 2,6% das famílias), a classe A vem, cada vez mais, se distanciando socialmente dos menos favorecidos e ampliando sua movimentação para R$ 911,8 bilhões (14,6%).
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Já na área rural, o montante de potencial de consumo deve chegar a R$ 496,3 bilhões (7,4% do total) até o final do ano. Em Santa Cruz do Sul, as pessoas do meio rural devem consumir R$ 451.643.142,00, o que representa 7,61% do potencial do município.
Em relação às classes econômicas, fica evidente a desigualdade acentuada, quando é observado o consumo. A classe A soma 3,9% da população santa-cruzense, mas consome 16,9%. Do outro lado está a D, que equivale a 13,9% do público local, mas tem potencial de consumo quatro vezes menor do que a A: apenas 4%.
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Todo esse levantamento é feito pela IPC Marketing Editora e é publicado anualmente, usando metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional.
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