Motivo de atenção entre os profissionais de saúde, a incidência do câncer de boca foi tema de uma série de ações voltadas ao esclarecimento quanto ao diagnóstico e tratamento durante o Maio Vermelho. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde criou o Dia de Combate ao Câncer Bucal, que é lembrado nesta quarta-feira, 31.
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A data tem como objetivo informa quanto à prevenção, sintomas e formas de cuidado. É o que explica o cirurgião de cabeça e pescoço Luiz Alberto Hauth, que atua em Santa Cruz do Sul. Segundo ele, entre as principais causas do câncer bucal estão o tabagismo e o álcool. “A associação deles potencializa em 20 vezes as chances de desenvolvimento da doença”, afirma.
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Hauth salienta que outros fatores podem colaborar para o aparecimento, como relações sexuais desprotegidas (por conta do vírus do HPV), maus hábitos de higiene e desnutrição. Algumas substâncias químicas também entram nas causas, mas são raras.
O paciente deve começar a suspeitar de um câncer bucal a partir de alterações de cor na mucosa que envolve o lábio, as bochechas, a língua, o assoalho e o céu da boca e as mandíbulas. “Deve-se observar se ela fica mais avermelhada ou muito esbranquiçada. Qualquer tipo de lesão aberta que não cicatriza em 15 dias também deve ser avaliada”, aponta. Outros sintomas aparentes são os nódulos, que se caracterizam pelo endurecimento da mucosa, e ainda sangramentos sem explicação. Após a percepção de sintomas, é recomendado que se procure um dentista ou médico especialista da área.
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Segundo o Inca, o número estimado de casos novos de câncer da cavidade oral para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 15,1 mil. Em nível estadual, é o sexto de maior incidência em homens e o 16º em mulheres. No que se refere a Santa Cruz do Sul, foram confirmados 52 novos casos em 2022. Após o diagnóstico, o tratamento é estratificado conforme a fase da doença. “É feito um levantamento da fase de evolução em que está esse câncer, através de exames”, comenta.
Prevenção
Segundo o cirurgião Luiz Alberto Hauth, o melhor método de prevenção é evitar o tabagismo e etilismo, além de manter uma boa higiene bucal e alimentação equilibrada. Outra dica é o acompanhamento dentário para um possível diagnóstico precoce, caso o paciente desenvolva a doença. Com o diagnóstico precoce, a cura chega a 95%, mas a situação é diferente em outros casos. “Nos estágios mais avançados a eficácia cai consideravelmente, em alguns casos pode não haver chance de cura.”
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Os tratamentos mais utilizados são o cirúrgico e, em casos mais avançados, a associação da cirurgia com radioterapia ou quimioterapia, a depender de cada paciente. Hauth ressalta que todos os tratamentos são encontrados no Centro de Oncologia (COI) do Hospital Ana Nery.
O que observar
- Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo.
- Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas.
- Nódulos (caroços) no pescoço.
- Rouquidão persistente.
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