Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

PALEONTOLOGIA

Pesquisadores descobrem novos fósseis em Candelária

Grupo formado por paleontólogos brasileiros e norte-americanos visitou sítios do município de Candelária ao longo da semana

Uma expedição composta por pesquisadores brasileiros e norte-americanos encontrou novos fósseis em Candelária. As escavações foram feitas entre segunda e quarta-feira, nas localidades de Bom Retiro e Pinheiro, mas também às margens da RSC-287, e resultaram na descoberta de fósseis de um dicinodonte. Trata-se de um animal pertencente a um grupo extinto e paralelo aos cinodontes, que deram origem aos mamíferos. A visita dos estrangeiros ocorreu a partir da vinda deles para o 12º Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, realizado entre os dias 15 e 20 deste mês em Santa Maria.

Conforme o curador do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, Carlos Nunes Rodrigues, os estudiosos visitaram afloramentos já conhecidos no município e onde também foram encontrados fósseis, sobretudo na década de 1930. Nessa época, o paleontólogo norte-americano Llewellyn Price, da Universidade de Harvard, chefiou uma expedição e realizou a primeira pesquisa paleontológica em Candelária. Agora, os profissionais foram Scott Edwards, Stephanie Pirce e Peter Bishop, também de Harvard, acompanhados de uma equipe da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).

LEIA TAMBÉM: Você sabia que a ‘Gruta dos Índios’ foi escavada por preguiças-gigantes? Geógrafo explica evidências

Publicidade

Na propriedade de Ari Menezes, em Campo da Estância, os paleontólogos encontraram o fóssil de dicinodonte em uma rocha datada de 230 a 235 milhões de anos. “Temos três portais para a pré-história e esse é o mais antigo aqui na região”, explica Rodrigues. Já próximo ao limite com Vale do Sol foi encontrado o fóssil de um rincossauro, animal pertencente a um grupo de répteis também do período Triássico. “Agora trabalhamos no afloramento mais recente, no Botucaraí, onde já encontramos partes de costelas e até um dente de dinossauro.”

As descobertas, explica Rodrigues, são feitas a partir de vistorias nas rochas expostas por estradas, rios, arroios e buracos de erosão, as famosas voçorocas ou boçorocas. “Fazemos vistorias de uma a três vezes por ano. Candelária tem mais de 30 locais que visitamos todos os anos.”

Obras do museu

A construção do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues é composta por três módulos. Para a finalização do primeiro, falta o auditório, já tendo sido concluídos o átrio (saguão) e banheiros. “Assim que tivermos o auditório pronto poderemos começar as atividades, entre elas apresentações, workshops e seminários de Paleontologia”, afirma Rodrigues. “A segunda parte é a grande nave do museu, com 30 metros de comprimento por 20 de largura.” Nesta, está prevista a instalação de laboratórios, escritórios e salas de aula. Ainda não há recursos disponíveis nem previsão de início das obras.

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.