Nikolas Farias, jogador que atuava pelo Novo Hamburgo, foi suspenso na segunda-feira, 22, por 720 dias do esporte pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS). Envolvido no esquema de apostas apurado pelo Ministério Público de Goiás, no âmbito da Operação Penalidade Máxima, o atleta cometeu um pênalti em jogo com o Esportivo, de Bento Gonçalves, pelo Campeonato Gaúcho de 2023. Também foi aplicada uma multa de R$ 80 mil.
O relator do processo entendeu que no caso de Nikolas não havia como indicar a pena mínima de 360 dias diante da gravidade do ocorrido. A mesma visão foi compartilhada pelos demais auditores do TJD-RS. O atleta pode recorrer da condenação ao plenário da casa. Quanto à pena pecuniária, ficou estabelecido o valor de R$ 80 mil por ser a mesma quantia que o atleta receberia da quadrilha que articulou a manipulação dos resultados.
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O jogador não compareceu ao julgamento, tampouco qualquer advogado para a sua defesa. Os auditores também relataram incômodo com a falta de representação na sessão do Novo Hamburgo, clube pelo qual Nikolas atuava. O clube gaúcho terá de arcar também com a multa. “O clube lavou as mãos” foi uma frase repetida na condução do julgamento. O Novo Hamburgo rescindiu o contrato com o jogador ao término do Estadual.
Durante a sessão, os membros do tribunal não se limitaram a avaliar apenas as conversas que Nikolas manteve com os apostadores, que anteciparam o pagamento de R$ 5 mil pelo cometimento da penalidade máxima e prometeram R$ 80 mil caso a falta fosse cometida. Os auditores analisaram também o lance em questão e fizeram citações à narração do jogo.
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“Aqui é papo de home. Se eu falei que eu vou fazer, eu vou fazer, entendeu? Eu sabia que ia entrar no jogo, então não tinha erro”, disse Nikolas a um dos apostadores em mensagem interceptada pelo MP-GO.
O julgamento desta segunda-feira também previa avaliar o caso de Jarro Pedroso, do Inter-SM. Réu confesso, Pedroso teria aceitado um pagamento de R$ 30 mil – sendo R$ 70 mil prometidos a ele primeiramente – para que cometesse um pênalti contra o Caxias na época em que atuava pelo São Luiz.
A defesa de Jarro solicitou ao TJD-RS o adiamento do julgamento para preparar de forma mais adequada os argumentos do atleta. O pedido foi aceito, mas o jogador foi suspenso preventivamente até novo julgamento.
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