O preço da gasolina caiu na última semana na maioria dos postos de Santa Cruz do Sul. A constatação é feita a partir do levantamento da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), realizado em duas datas: na terça-feira, dia 16, e nessa sexta-feira, 19.

Na terça, em pesquisa com 19 postos, o litro da gasolina comum, à vista, custava R$ 5,71. Na sexta, os santa-cruzenses já pagaram, em média, R$ 5,54 – uma queda de 3%, segundo pesquisa que recebeu dados de 31 dos 47 postos de combustíveis da cidade. Reduções de preços também podem ser observadas na gasolina aditivada, no diesel e no gás de cozinha.

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Com um cenário de redução no valor dos combustíveis já em andamento, a Petrobras anunciou na terça-feira o corte de R$ 0,44 por litro no preço médio do diesel às distribuidoras. Ele passará de R$ 3,46 para R$ 3,02. No caso da gasolina, a diminuição do preço médio foi de R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78, valor também pago pelas distribuidoras.

Vai demorar

Apesar do bom momento nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras, a redução de R$ 0,44 no valor da gasolina não será repassada aos clientes da noite para o dia. Segundo João Carlos Dal’Aqua, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro), a queda no Brasil acompanha o comportamento do preço do barril de petróleo.

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A redução para os postos do Estado ficará na casa dos R$ 0,29, segundo Dal’Aqua, que já avisa que o preço deve voltar a subir no mês que vem. “Agora, as distribuidoras vão calibrando essa redução para ajustar seus estoques, num processo que leva dias. Em junho entrará em prática a nova tributação do ICMS, partindo para o modelo de um valor fixo na base, na refinaria. Só que isso é um valor nacional, para todos os estados”, explica. Segundo ele, o Rio Grande do Sul vai ter uma correção de valor. “Outros estados já fizeram isso, enquanto aqui ainda não – deve ocorrer no próximo mês.”

Sobre a mudança do governo em relação à paridade internacional do preço do petróleo, o presidente do Sulpetro prefere aguardar para conhecer os resultados. Na terça-feira, o governo federal também anunciou o fim do Preço de Paridade Internacional (PPI, também chamado de Preço de Paridade de Importação), em vigor desde 2016. Na prática, termina com a equiparação do valor da gasolina à oscilação do barril de petróleo no mercado externo.

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“Estamos vendo com cautela neste momento. Temos que esperar na prática se efetivamente o governo vai conseguir baixar o custo. Não somos contra, o posto só precisa de uma margem de lucro. E quanto maior o volume de vendas, mais lucro o comerciante vai ter. Hoje as vendas estão estagnadas”, avalia.

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