O Grêmio chegou ao terceiro jogo sem vitória no Campeonato Brasileiro. Depois de empatar com o Bragantino e perder para o Palmeiras nas duas últimas rodadas, o Tricolor ficou no 0 a 0 com o Fortaleza na tarde deste domingo, 14, na Arena. O resultado deixa a equipe gaúcha na segunda metade da tabela do Brasileirão, com oito pontos em seis rodadas.

“O torcedor tem que entender que estamos nos reestruturando, só pensar onde estava um tempo atrás. Mudamos mais de 50% do grupo, ganhamos dois títulos, ganhamos o Gre-Nal, não vai ser da noite para o dia. Sabemos das peças que precisamos, a janela abre no meio do ano. Não vai ser em seis, sete meses, que vamos ter um supertime, tem que ter calma. Só vamos sair dessa com a ajuda da nossa torcida”, avaliou.

O empate contra o Fortaleza contou com o retorno de Pepê, afastado dos gramados desde o jogo de ida da semifinal do Gauchão, contra o Ypiranga. O camisa 23 reassumiu a titularidade no lugar de Carballo, que ficou no banco de reservas. O meio-campista atuou até os 28 minutos do segundo tempo. “Na verdade, Pepê foi o melhor em campo. Só tirei ele porque ele está voltando e pediu para sair. Não adianta sair do DM e só começar a jogar. O principal é o ritmo de jogo, tivemos jogadores voltando na quarta e hoje (domingo). Pepê voltou depois de muito tempo e foi bem, jogou 78 minutos, mas ainda falta ritmo”, observou.

Sobre o jogo, Renato elogiou a postura do time, lamentou não ter opções de velocidade no elenco e reconheceu que o Fortaleza neutralizou o Grêmio no segundo tempo. “Falei que vontade não faltou, determinação, atitude. Tivemos algumas oportunidades, mas pecamos nas finalizações. O adversário neutralizou nossas jogadas. Eles têm jogadores que atraem e saem em velocidade. Eu sempre falo que velocidade é essencial. Não temos jogadores com essa característica, enquanto nosso adversário tem. Valorizamos a posse de bola, mas precisamos de velocidade. Às vezes ou quase nunca temos”, concluiu.

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Renato reclama de pênalti não marcado

Renato fez críticas à arbitragem. A reclamação é por conta de uma jogada em que a bola bate no braço de Lucas Sasha dentro da área. O lance sequer foi revisado pelo VAR. O treinador definiu a decisão de campo como “inexplicável”. O Grêmio pediu um pênalti no último lance do primeiro tempo. Após cruzamento na área, Titi cabeceou, e a bola bateu no braço do jogador do Fortaleza. O árbitro Bruno Mota Correia, do Rio de Janeiro, alegou que o toque foi nas costas e encerrou a etapa segundos depois.

“Eu gosto de ganhar. Jogo em casa. Tivemos um pênalti. Eu vi no intervalo. Falei com o árbitro “foi pênalti, eu não tenho dúvida e vocês decidiriam em dois ou três segundos e você fez o gesto que pegou nas costas do jogador”. Contra o Grêmio, eles levam dois, três minutos. Agora, não sei se o árbitro decidiu sozinho ou se o VAR não chamou”, reclamou.

Renato revela lesão no adutor de Bitello

O técnico Renato Portaluppi pode ter mais um problema para montar o Grêmio nos próximos jogos. Depois do empate em 0 a 0 com o Fortaleza na Arena, o treinador falou que Bitello vem convivendo com uma lesão próxima do músculo adutor. Nesse domingo, 14, ele deixou o gramado aos 35 minutos do segundo tempo, quando o comandante gremista percebeu que o meia vinha tendo dificuldades para correr.

“Bitello, costumo não tirar do time. Ele vem tendo um “problema” que estamos administrando, próximo do adutor. Ele não treina, só joga. A gota d’água foi a grama sintética do Palmeiras. Ele não treinou mais desde então, o garoto jogou no sacrifício, pode estourar daqui um pouco. Tirei porque está no limite. Muitos não queriam que ele jogasse hoje. Eu banquei ele. Tirei para não agravar a lesão”, justificou o treinador.

Grêmio adota cautela sobre reforços

O técnico Renato Portaluppi já adiantou que se o Grêmio quer sonhar alto no Brasileirão será preciso contratar reforços. A direção entende a insatisfação do treinador e concorda sobre a necessidade da chegada de novos jogadores na próxima janela de transferências. Porém, o clube esbarra em sua situação financeira. O tema foi tratado pelo vice de futebol, Paulo Caleffi, após o empate em 0 a 0 com o Fortaleza, pelo Brasileirão, na Arena.

“Temos identificação das nossas carências, o torcedor pode ter absoluta tranquilidade em relação a isso. Temos o limitador da questão financeira. Isso tem que ficar claro para a torcida. A situação financeira encontrada pelo presidente Alberto Guerra e o seu Conselho de Administração é algo em que pouca vezes o Grêmio esteve em uma situação tão, tão preocupante. Vamos seguir fazendo todos os esforços possíveis para encontrar as melhores soluções e acrescer qualidade ao elenco. Temos que ter total responsabilidade com a situação financeira do Grêmio”, explicou.

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