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de bebidas contrabandeadas

Secretaria de Saúde recebe 2,4 mil litros de álcool destilado

Foram recebidos 2,4 mil litros de álcool 70% | Foto: Eduarda Cristtine Ribeiro Schmidt/Sesa

A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul, por meio da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Luciane Weiss Kist, recebeu 2,4 mil litros de álcool 70% na manhã desta segunda-feira, 27, no Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo, local em que foi feita a destilação de 5,5 mil litros de bebidas alcoólicas apreendidas pela Receita Federal, em parceria entre Unisc e Afubra. O produto será utilizado para limpeza de diversos setores, inclusive no Hospital de Campanha.

Conforme o diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Pró-reitoria Acadêmica da Unisc, Adilson Ben da Costa, o processo envolve o aquecimento do produto – uísque e vodca com 40% a 46% de álcool na composição -, entre 70 e 92 graus, em caldeira a lenha, para o condensamento dos vapores de álcool. Para um recipiente, vai o álcool destilado, enquanto o extrato da bebida fica na outra parte, para ser utilizado posteriormente em compostagem.

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O álcool foi diluído para chegar a 70% e ser utilizado na desinfecção de superfícies. As bombonas, fornecidas pela SulPrint, de 20 e 50 litros, foram rotuladas para a entrega. Ainda há uma reserva de 1,2 mil litros para reposição. O técnico agrícola Claiton Dutra Teixeira, da Afubra, liderou a iniciativa, juntamente com integrantes do curso de Química Industrial da Unisc. O custo foi baixo, estimado em R$ 150,00 pela utilização de três metros cúbicos de lenha.

Segundo o delegado regional da Receita Federal, Leomar Padilha, o costume é enviar o material de apreensão para Santa Maria, já que existe um convênio com a UFSM para a fabricação de álcool. Pela demanda local por álcool, principalmente nos serviços de saúde, o delegado adjunto Marco Antônio Valim propôs a possibilidade de destinação à Unisc de uma carga apreendida no fim de 2019, em Pantano Grande. De acordo com Padilha, a Receita Federal apreendeu R$ 3,2 bilhões em mercadorias contrabandeadas.

Para Padilha, a iniciativa foi importante pela destinação útil para a comunidade santa-cruzense dos produtos provenientes do contrabando, prática danosa para a economia pela falta de pagamento dos impostos e prejuízo na geração de empregos. “A parceria demonstra ainda como é importante a cooperação entre Estado, instituições e empresas. Nesse caso, para ajudar no combate à pandemia”, comentou.

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