“Tudo o que acontece de ruim na vida da gente é ‘pra meiorá'”, é o lema de Candinho (Sergio Guizé), o moço bonito do interior que guia a história de Êta Mundo Bom!, um grande sucesso da teledramaturgia da Globo que está de volta nesta segunda-feira, 27, no Vale a Pena Ver de Novo. Na primeira semana, a trama divide a faixa com as emoções finais de Avenida Brasil, nesta ordem de exibição. Escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo do saudoso Jorge Fernando, Êta Mundo Bom! é ambientada na década de 1940, na capital e no interior de São Paulo, e tem como principais fontes de inspiração o clássico iluminista “Cândido ou o Otimismo”, publicado em 1759 pelo filósofo Voltaire, e a versão do conto para o cinema brasileiro, “Candinho”, protagonizada por Amácio Mazzaropi em 1954. Ao longo de sua trajetória, o protagonista, abandonado logo após o nascimento, enfrenta muitas dificuldades, mas não se sente um coitado. Encara o dia a dia com paixão, bom humor, humildade e generosidade.
O autor Walcyr Carrasco acredita que a mensagem positiva da novela chega em bora hora diante dos momentos de dificuldade trazidos pela pandemia de coronavírus. “Minha expectativa com o Vale a Pena Ver de Novo é reviver a alegria que foi Êta Mundo Bom!. Espero que nesses tempos tão difíceis a novela volte a trazer positividade e esperança”, diz o autor.
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Personagem marcante na carreira de Sergio Guizé, que ganhou prêmios pela atuação, Candinho até hoje é muito lembrado pelo público, mesmo após o ator ter protagonizado duas novelas das 21 horas com personagens de destaque. “Tem pessoas que ainda me chamam pelo nome dele, é incrível. Acho que não esquecem o Candinho porque ele representa o amor ao próximo, à natureza e aos animais, era extremamente justo e honesto. Tinha todos os bons princípios, mesmo sem ter recebido uma boa educação. Em tempos que vemos tanta falta de empatia, ele é um grande exemplo de ser humano”, analisa o ator.
A trama se inicia na década de 1920, quando Candinho nasce em uma rica fazenda, mas é abandonado dentro de um cesto, à mercê da correnteza, porque o pai de sua mãe não aceitou o fruto de uma gravidez sem que ela fosse casada. A única esperança de Anastácia (Nathalia Dill/Eliane Giardini) um dia reencontrar o filho é o medalhão com uma foto dela que consegue colocar no pescoço do bebê. Levado pelas águas, Candinho vai parar na fazenda Dom Pedro II, uma propriedade decadente no interior de São Paulo, onde vivem Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savalla). O casal, que há tempos tenta um herdeiro, decide ficar com ele, mas não demora para Cunegundes finalmente engravidar, e o menino vai sendo deixado de lado.
Cerca de 20 anos depois, Candinho se tornou um caipira típico e vive na fazenda como empregado, mas acaba expulso de lá por se apaixonar pela primogênita do casal, Filomena (Débora Nascimento). Seguindo o conselho de Pancrácio (Marco Nanini), amigo da família que sempre o apoia, ele decide ir para a capital em busca da mãe, e vai viver muitas dificuldades e aventuras junto de seu inseparável burro e do novo amigo Pirulito (JP Rufino). Na cidade grande, ele reencontra Filomena, e diante de várias barreiras os dois nutrem um amor puro e intenso, digno das histórias de cinema. Pancrácio acolhe Candinho e Pirulito em sua casa e eles sobrevivem graças às armações do professor e seus hilários disfarces. Na fazenda, o cotidiano da família continua e muitas situações divertidas vem à tona, principalmente em torno das descobertas amorosas de Mafalda (Camila Queiroz) e das angústias de Eponina (Rosi Campos).
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De volta a partir desta segunda, Êta Mundo Bom! é escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo de Jorge Fernando. A novela traz ainda no elenco Flávia Alessandra, Eriberto Leão, Bianca Bin, Rainer Cadete, Klebber Toledo, Anderson Di Rizzi, Dhu Moraes, Tarcísio Filho, Debora Olivieri, Priscila Fantin, Romulo Arantes Neto, Suely Franco, Ana Lúcia Torre, Arthur Aguiar, Giovanna Grigio, Guilhermina Guinle, Flavio Tolezani, Xande Valois, entre outros.
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