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"A manhã vai chegar"

Academia de Letras lançará e-book em parceria com a Editora Gazeta

Foto: Lula Helfer

Registro feito pelo fotógrafo da Gazeta do Sul, Lula Helfer, estampa a capa do Livro “A manhã vai chegar”

A pandemia do coronavírus alterou por completo a rotina em sociedade. Nesses dias em que a maioria da população permanece em quarentena, por orientação dos organismos da saúde, a leitura e as artes em geral constituem alternativas sadias, instrutivas e formadoras para ocupar o tempo. E é com o propósito de oferecer mais um atrativo que a Academia de Letras de Santa Cruz do Sul implementou um projeto exclusivo.

Desde meados desta semana, cada um dos 19 acadêmicos efetivos e correspondentes que atualmente integram a entidade elabora um texto ficcional em prosa (conto, crônica ou novela curta). Os escritores do grupo voltam-se tanto à literatura adulta em geral quanto ao público infantojuvenil, de maneira que a antologia tende a contemplar diferentes públicos. Os originais serão entregues até o final do mês. A partir desse momento conformarão um e-book, a ser compartilhado de forma massiva em ambiente virtual na véspera do Dia das Mães. O livro terá o título de A manhã vai chegar, em parceria editorial da Academia de Letras com a Editora Gazeta, e terá distribuição gratuita. Nesta semana, a iniciativa também teve a divulgação da capa da obra, composta a partir de foto de Lula Helfer, da equipe da Gazeta do Sul.

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Conforme o jornalista Romar Rudolfo Beling, presidente da Academia, o desafio lançado aos integrantes é para que cada um deles busque se inspirar, de forma livre, em situações decorrentes da quarentena, e que, nos enredos ficcionais, possam oferecer leitura leve ou momentos de reflexão para todos os leitores. “Entendemos que um dos papéis que a nossa entidade deve cumprir é também este: em situações específicas, como a da atual pandemia, traduzir isso em uma reflexão para a coletividade”, frisa. “E assim nos mobilizamos para, em poucos dias, compartilhar os originais em formato de e-book.”

Beling ressalta que, mais adiante, tendo sido superado o quadro de ameaça da Covid-19, o livro poderá inclusive ser lançado em versão impressa. “A Academia tem como filosofia participar de ações de fomento à leitura, e fazer isso com o e-book nesse momento pareceu mais prático e conveniente”, cita.

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CANTO – O título da coletânea de inéditos da Academia, refere Beling, foi inspirado em verso do poeta amazonense Thiago de Mello, de seu clássico livro Faz escuro mas eu canto. Em sua imagem poética, Thiago sugere que, em momentos de obscuridade ou de desafios, é fundamental persistir no canto, a exemplo do que fazem os pássaros na floresta, como uma forma de anunciar ou antecipar o amanhecer. “Em dias de tanta angústia ou de tanta inquietação, como os agora vividos pela humanidade, é fundamental salientar para a manutenção da serenidade, da união de forças e da confiança na retomada”, salienta.

Nesse sentido, já pelo título a antologia sugere que os leitores se inspirem nos exemplos oferecidos pela literatura e pelas artes em geral. “Os artistas, e os escritores em especial, sempre oferecem novas perspectivas para acreditar no amanhã, com resiliência. E os autores buscarão fazer o mesmo nesses textos.”

A expectativa é para que os integrantes da Academia igualmente disponibilizem e distribuam o arquivo em formato PDF do livro para seus públicos, de maneira ampla e irrestrita, e ainda para que os leitores possam compartilhar os textos entre si. No Portal Gaz, a plataforma digital da Gazeta, o conteúdo poderá ser acessado tanto em PDF quanto em flip.

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Beling lembra que outras iniciativas, de grupos estruturados de escritores ou de autores que se uniram de forma espontânea, surgiram em âmbito de Brasil para tematizar a quarentena. Menciona, por exemplo, o romance Corpos secos, elaborado a oito mãos por quatro prosadores, três deles gaúchos, para a Companhia das Letras. Luisa Gleiser, Natália Borges Polesso e Samir Machado de Machado criaram ao lado do paulista Marcelo Ferroni um enredo na linha do thriller psicológico e de terror, sobre ameaça à humanidade. “É a literatura de algum modo tentando dar conta de refletir sobre esses tempos”, comenta.

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