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FORA DE PAUTA

Aprender faz parte da vida

Sempre gostei de cozinhar. Bem, essa não é uma verdade absoluta, já que não se nasce gostando e leva tempo até conseguir alcançar um fogão. Mas a verdade é que, de fato, gosto de cozinhar. Mas não pensem que sou tipo “chef”. Bem pelo contrário. Sou mais da linha da comidinha do dia a dia, sem sofisticação, mas, vez por outra, tentando algo diferente. Sem falsa modéstia, posso garantir que meus pratos costumam ser bem saborosos.

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Faz tempo que me arrisquei na cozinha. Se não estou enganada, lá se vão bem mais de 40 anos. E falo arrisquei, porque foi tudo no improviso, colocando a coragem da família em xeque. Vou explicar: meus pais eram professores e trabalhavam muitas vezes em três turnos. Por conta disso, tínhamos uma funcionária em casa. Além de cuidar de mim, dos meus dois irmãos (mais velhos do que eu) e da casa, ela cozinhava que era uma maravilha. Estávamos bem acostumados! Mas, depois de muitos anos, ela nos deixou. Estava indo formar sua própria família.

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Na época, meus pais tentaram outras pessoas para ajudar com os serviços da casa, mas sem sucesso. Logo, a melhor opção foi contratar uma faxineira. Certo, mas quem iria cozinhar? Ora, cozinhar para quê, se podíamos buscar “vianda”? E essa foi a solução encontrada por eles. Mas é preciso salientar que era a década de 70. Não havia essa infinidade de restaurantes que existe hoje. Bufê por quilo sequer existia! Fato é que, passados alguns anos, todos já enjoados daquelas comidas, resolvi me oferecer para cozinhar. Lembro como se fosse hoje, quando disse para minha mãe que, se todos estivessem dispostos e com coragem para tentar, eu poderia fazer nossos almoços. Detalhe: eu, que frequentava o colégio à tarde, tinha 14 anos e nunca havia feito uma panela de arroz. E assim foi. Meio aos trancos e barrancos, fui aprendendo. Claro que contei com as dicas preciosas da minha mãe e, também, com livros de receita. Bem diferente de hoje, quando se tem acesso a tanta informação, com sites que quase cozinham pra ti. Enfim, por um tempo fui a cozinheira da família. Todos saíram vivos e bem da experiência.

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Depois fui estudar fora, trabalhei, casei, tive filhas… Meu jeito de cozinhar, naturalmente, foi se aprimorando com o tempo. Acredito que depois que se conhece o básico tudo fica mais fácil. A gente até se arrisca em pratos mais elaborados. E, lógico, também nunca se deixa de aprender. Acho que é uma questão de gosto, de vontade.

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Tenho uma filha de 25 anos, que aos 13 anos se tornou vegetariana. Na época, lembro que fiquei preocupada em como eu a ajudaria nessa transição e, principalmente, o que eu faria para que ela mantivesse uma alimentação rica em proteína. Como boa gaúcha, sempre que eu pensava num cardápio, a primeira escolha recaía sobre a carne que eu iria preparar. Depois pensava nos complementos. Mas aos poucos me adaptei. Contudo, muitos pratos eram preparados com ovos, leite e seus derivados.

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Então, para minha surpresa, ela, que há algum tempo reside e trabalha em Porto Alegre e veio passar esse fim de semana em Santa Cruz, chegou com uma novidade: “Mãe, agora sou vegana.” E eu estava esperando por ela com um prato de macarrão ao molho de queijo e brócolis! Claro que encontramos rapidamente a solução, mas confesso que de início fiquei inquieta, pois já fiquei imaginando como seria nas próximas vezes em que ela viesse nos visitar. Passada a primeira inquetação, me dei conta de que, assim como no começo, quando eu tinha 14 anos, eu ainda posso aprender novos jeitos de cozinhar.

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