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TECNOLOGIA

Jovens desenvolvem creme que protege contra a doença da folha verde do tabaco

Foto: Bruno Pedry

Júlia Giovanaz Nunes e Franciele Pedroso Carraro tinham apenas 18 e 17 anos, respectivamente, quando uma ideia mudou suas vidas. Hoje, quatro anos depois, as duas estão no Vale do Rio Pardo para apresentar o Protege, um creme considerado equipamento de proteção individual (EPI), que visa a prevenção da doença da folha verde do tabaco.  

As fundadoras da Protege Química, moradoras de Esteio, município da região metropolitana de Porto Alegre, vieram para a região em razão da Expoagro Afubra. O objetivo é chegar ao público-alvo do produto inovador: o fumicultor. Apesar de jovens, as empreendedoras já colecionam prêmios pela pesquisa científica que resultou no creme. Um deles foi conquistado no ano passado em Dubai, na segunda maior feira de ciências do mundo. No continente asiático, as brasileiras garantiram o primeiro lugar e trouxeram para o Rio Grande do Sul a medalha de ouro.

As fundadoras da Protege Química estiveram em Dubai, onde ganharam medalha de ouro pela pesquisa | Foto: Divulgação

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Franciele conta que a ideia de produzir um creme protetor de nicotina teve início em 2019, quando as duas estavam no último ano do curso técnico em Química e era preciso fazer um trabalho de conclusão de curso. “A família da Júlia planta tabaco e falamos sobre a doença da folha verde. Depois, estudando, pensamos: por que não fazer um creme, uma luva química, mas voltada para o fumicultor especificamente, para que ele use para se proteger da doença?”, explicou Franciele em entrevista na tarde dessa quinta-feira, 23, à Rádio Gazeta 107,9 FM. Segundo a pesquisadora, o creme forma uma película na pele, impedindo a intoxicação crônica de nicotina.

Franciele e Júlia concederam entrevista à Rádio Gazeta na tarde dessa quinta-feira | Foto: Maria Regina Eichenberg

O produto já está totalmente regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e possui Certificado de Aprovação (CA 47.844) dos EPIs fornecido pelo Ministério do Trabalho. Até a criação do Protege, o produtor de tabaco só tinha a opção de usar uma vestimenta plástica. “Nos deparamos com o trabalho de doutorado de uma estudante em que ela descreve o desconforto térmico do fumicultor ao utilizar o EPI. Vimos que ele ou sofre com a doença, ou utiliza um EPI que é desconfortável. Existem normas técnicas que atestam e comprovam a eficácia de cremes protetores. O que fizemos foi adaptar uma tecnologia que já existe para a fumicultura”, salientou Júlia. 

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De acordo com as profissionais, os retornos são positivos até agora. “Tivemos feedback, inclusive, de um fumicultor nos agradecendo por termos pensado no conforto dele. Sabemos que, às vezes, o setor tem muitos empecilhos justamente por ser o segmento do tabaco, mas lá na ponta tem o fumicultor trabalhando”, acrescentou.

Saiba mais sobre o creme

O creme Protege pode ser utilizado, basicamente, da mesma forma que o protetor solar. Deve-se passar em toda área do corpo que tiver contato com as folhas, inclusive debaixo dos braços. Segundo as criadoras, o produto é fácil de espalhar, não é oleoso, tem rápida absorção e cria uma película na pele. A indicação é que seja aplicado novamente a cada quatro horas, ou quando o fumicultor achar necessário. Além disso, pode ser usado juntamente ao protetor solar e tem alta resistência à água.

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Para obter mais informações, pode-se contatar Júlia e Franciele pelos números (51) 98604 4173 e (51) 99171 6634 ou pelo e-mail [email protected]. Também há informações nas redes sociais em @protegequimica (Instagram) e no site.

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