O preço da gasolina comum continua em queda nos postos de Santa Cruz do Sul. Em pesquisa realizada pela Gazeta do Sul na tarde dessa quarta-feira, 22, foi constatado que 15 de 24 estabelecimentos consultados estão cobrando R$ 4,09, ou menos, pelo litro da comum. O valor é R$ 0,30 mais baixo que o cobrado pela maioria dos postos nas tabelas do Procon divulgadas em 3 e 7 de abril (R$ 4,39). De lá para cá, o preço seguiu a variação para baixo, passando a R$ 4,37 na maioria dos estabelecimentos na tabela de 14 de abril e a R$ 4,16 no levantamento de 17 de abril. Segundo frentistas e donos de estabelecimentos, algumas alterações nos valores ocorreram ao fim da manhã e início da tarde de quarta.
A gasolina aditivada mantém-se instável, a exemplo das pesquisas anteriores, variando de R$ 4,07 a R$ 4,39. A tendência, conforme os frentistas, é que nos próximos dias novas quedas ocorram. A variação acompanha a manifestação do promotor de Defesa Comunitária de Santa Cruz do Sul, Érico Barin, que em despacho expedido na tarde da última quinta-feira determinou que todos os postos de combustíveis do município reduzissem os preços aplicados nas bombas, tendo por parâmetros os postos de Lajeado, onde a média de valor é mais baixa que em Santa Cruz do Sul. A negativa, segundo o promotor, poderia caracterizar prática abusiva na relação de consumo.
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Conforme o dono de um dos estabelecimentos consultados, que preferiu não se identificar, a situação grave de pessoas infectadas com Covid-19 em Lajeado (27 até a noite de quarta) pode ter influenciado na queda brusca dos preços no município do Vale do Taquari. “Dono de posto quer movimento em seu estabelecimento. Pelo número de casos de coronavírus em Lajeado, a circulação de pessoas caiu muito por lá. Os empresários derrubaram os preços e estão trabalhando com margem de lucro baixíssima, justamente para atrair a clientela”, afirmou. Segundo ele, em seu estabelecimento, o valor vem caindo há cerca de dez dias. “Até o fim de semana devo reduzir ainda mais. É um mercado muito dinâmico. Sigo acompanhando o mercado e a nossa concorrência.”
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