Fundada em 15 de março de 1880, a tradicional Loja Maçônica Lessing 61, de Santa Cruz do Sul, comemorou 143 anos na semana passada. Antes dessa data, a maçonaria já existia, mas de maneira informal.
Seu primeiro grão-mestre foi Karl Von Koseritz e o venerável-mestre era Friedrich Wilhelm Bartholomay. O quadro de obreiros formava-se por imigrantes alemães evangélicos e seus descendentes.
Sem contar com sede própria, as primeiras sessões ocorriam no antigo edifício do Clube União (na esquina da atual loja Boticário).
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Em julho de 1895, a irmandade iniciou a construção do seu templo, com projeto do engenheiro Carlos Trein Filho. O imponente prédio, na Rua Ten. Cel. Brito, 277, foi inaugurado em 23 de junho de 1897. A construção está preservada e ainda é usada. No andar superior, fica a sala de sessões, e no inferior, existe um restaurante. A mantenedora é a Sociedade Beneficente Lessing, fundada em 1898 e que teve Carlos Trein como primeiro presidente.
A localização do templo foi muito bem estudada pelos fundadores e ficava no entorno da Prefeitura (Praça da Bandeira) e da antiga Igreja Evangélica, que era na esquina da Brito com a Borges de Medeiros. As distâncias entre os três locais tinham medidas perfeitas e formavam o triângulo dos três poderes – filosófico, eclesiástico e político –, que constitui os pilares da maçonaria. Com a demolição da igreja (em 1925), ficou apenas a linha reta da Loja com o Palacinho. No passado, inclusive, havia uma lenda de que túneis ligavam os três locais.
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Em 1941, com a proibição do uso da língua alemã, o templo deixou de ser utilizado e virou sede do Corinthians, que lá promovia saraus e jogos de bolão. Discretamente, no entanto, os maçons ainda se encontravam. Terminada a Segunda Guerra Mundial, as atividades recomeçaram e continuam até hoje.
Os membros da antiga Loja Lessing participaram ativamente da vida comunitária. Entre as obras tradicionais que tiveram o envolvimento dos maçons estão a fundação da Comunidade Evangélica Luterana, do Clube União e do Colégio Mauá.
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