Foi finalizado às 21h30 de segunda-feira, 13, um dos júris mais aguardados pela comunidade da região de Agudo. Rosângela Lipke e Valter André da Silva Santos foram condenados pelo assassinato do empresário do setor de transportes Ediér Bernardini, de 58 anos. Ela foi sentenciada a 18 anos e oito meses de reclusão e ele pegou 16 anos de prisão. Ambos foram conduzidos ao presídio.
O crime aconteceu no dia 30 de setembro de 2012. Natural de Linha dos Pomeranos, no interior de Agudo, o empresário foi encontrado morto após ser torturado e amarrado ao portão de um galpão da própria empresa, na localidade de Rincão do Mosquito. A investigação apontou Rosângela como mandante do crime.
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Ela teve um relacionamento anterior com a vítima e estaria exigindo dinheiro e bens de Ediér, que já havia registrado ocorrência relatando ser ameaçado de morte pela acusada. Conforme a denúncia, além do outro condenado, Valter André da Silva Santos, Diones Crumenauer dos Santos e Gelson da Silva Grigolo, que serão julgados em um júri posterior, foram os executores.
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Eles teriam articulado uma emboscada para matar o empresário, que foi surpreendido e golpeado com uma facada no peito. Após o homicídio, os réus levaram o veículo da vítima como parte do pagamento do crime. Nessa terça-feira, o filho de Ediér, Gustavo Bernardini, 34 anos, falou com a Gazeta do Sul sobre o júri.
“Foi um alívio esse resultado. A gente esperou mais de dez anos, com cinco remarcações de júri. O sentimento da família é de que foi feita a justiça. É importante para que meu pai também descanse em paz”, comentou. Uma das testemunhas a prestar depoimento no júri, Bernardini disse que foi difícil ter de relembrar os fatos.
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“Toda vez que preciso prestar algum tipo de depoimento é muito doloroso. É um processo muito difícil, ao longo dos anos, para assimilar essa perda por motivos tão fúteis, com emprego de tanta violência.” A sentença foi proferida pela juíza Bruna Faccin Beust Minuzzi, após a decisão do Conselho de Sentença formado por seis homens e uma mulher. Sobre estar no mesmo ambiente que os acusados, sobretudo com Rosângela, que mandou matar seu pai, Gustavo diz que sente repulsa.
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“Ela é uma pessoa repugnante, manipuladora, e demonstrou isso mais uma vez, tentando fazer uma teatro no júri, fazendo menção de estar chorando sem derramar uma lágrima, e dizendo que era viúva do meu pai.” Por fim, Bernardini afirma aguardar o júri dos outros dois acusados. “Dessa forma, vamos poder seguir a vida e recomeçar. Seguimos trabalhando com a nossa empresa, que continua crescendo.”
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