A socioeconomia de uma região costuma ater-se especialmente aos indicadores de sua atividade empreendedora, ou em sua capacidade de investir e de fomentar negócios. Apesar de toda a sua importância para a geração de empregos e de renda, ou para a sustentação, a alma de um povo não está exatamente ali: está na cultura.
É na forma como lida com seu legado memorial e com tudo o que fala mais alto ao coração e ao imaginário de sua população, considerada em seu mosaico étnico, que transparece a real capacidade de uma comunidade de ser feliz, e, logo, de fazer feliz.
Tendo presente esse duplo componente de uma economia que traduz o potencial empreendedor (o fermento para expandir a renda) e de uma cultura que acalenta a alma, pode-se olhar para a realidade local e regional. Santa Cruz do Sul, afinal a cidade-polo regional, é a quinta economia no Rio Grande do Sul. É inegável que ela se firma no mapa econômico estadual e nacional.
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Afinal, mesmo não sendo uma das maiores em realidade gaúcha por número de habitantes (por aqui são, como sinaliza o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 132 mil pessoas), destaca-se amplamente pela renda per capita. Ou seja, na economia, de fato, as coisas vão bem.
Agora, mais do que nunca, precisam ir bem (cada vez melhor) também para a alma do povo, o que significa impulsionar e potencializar ao máximo as oportunidades culturais. Porque nesse terreno ainda há bastante coisa a fazer, o que transparece a cada comparativo com outros centros.
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Mas, pelo visto, isso será feito. Há indicativos claros de que o poder público pretende alavancar diferentes segmentos, os quais, como de praxe, estarão alinhados com o turismo e a geração de novos postos de trabalho (no comércio e nos serviços, na hotelaria…).
Bastaria focar em espaços culturais de referência em outras regiões (Paraty, no Rio de Janeiro, ou Ouro Preto, em Minas Gerais, por exemplo) para concluir que a cultura é uma fascinante indústria, inesgotável. E poucas cidades oferecem um tal ambiente propício, por logística, infraestrutura e vocação, como Santa Cruz do Sul (se ainda se mencionar Rio Pardo, então, o potencial é incalculável).
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Antes mesmo dos grandes investimentos públicos, a cultura local já pulsa, a um ponto tal que ninguém mais, ao que tudo parece, conseguirá estancar essa efervescência. Esta edição da Gazeta do Sul oferece um panorama dessa proeminência.
De um lado, a equipe de uma produtora agiliza preparativos para as filmagens de um longa-metragem com elenco global; de outro, nada menos do que três lançamentos de livros identificados com Santa Cruz ocorrem em simultâneo, como detalha o suplemento Magazine.
Para completar, uma escritora local foi eleita para a Academia Rio-grandense de Letras, sendo o quarto nome a representar a região nessa entidade. Com tamanho dinamismo, não há dúvida de que a cultura regional ocupará muitas atenções nos próximos anos. Boa leitura e bom final de semana!
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