Toda a mobilização gerada em torno da Semana do Basquete segue repercutindo entre parte da população, em especial os mais jovens. A atividade no fim de fevereiro contou com uma série de ações, como lançamento de livro, torneios, bolas gigantes em praças e cruzamentos e oficina com autistas, e encerrou com o jogo da Seleção Brasileira, que venceu o time dos Estados Unidos por 83 a 76 e garantiu participação no mundial, que será disputada de 25 de agosto a 10 de setembro, nas Filipinas, na Indonésia e no Japão.

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Enquanto a equipe liderada por Gustavo De Conti se prepara para os jogos, as lembranças do evento estão presentes no cotidiano de jovens como Luiza Bencke Machado, de 13 anos, aluna da Escola Municipal Luiz Schroeder, do Bairro Universitário. “Achei muito legal a ideia de espalhar bolas nas praças. O basquete é meu esporte favorito, mas percebi que até quem não curte entrou no clima da Semana do Basquete, porque as pessoas realmente compraram a ideia e foram prestigiar. Isso foi muito bom”, disse.
Prova disso é que na escola, muitos alunos, como as colegas de Luiza, voltaram a praticar a modalidade. Uma delas é Bianca Bohrer, de 13 anos, que instalou na garagem de casa uma cesta de basquete.

“Sempre gostei de jogar. Fui no jogo da seleção brasileira com meus pais (Carine e Marcio), que também vibraram muito. Foi emocionante ver o Yago e o Gui Santos jogar. Santa Cruz ajudou o Brasil a se classificar e agora tenho dois ídolos, Yago e Gui Santos. O jogo contra os Estados Unidos vai ficar para sempre na minha lembrança”, contou.

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Diante de toda a repercussão que a Semana do Basquete causou, em que o mundo do esporte, em nível nacional e internacional, voltou os olhos para Santa Cruz, o titular da pasta, Everson Bello, avalia os efeitos positivos da mobilização. “Nossa cidade, a terra do basquete, alcançou projeção internacional e reforçou sua identidade. Foram dias intensos, onde a modalidade foi vivida por todos os públicos, respeitando seus gostos e preferências. Ficaremos eternamente gratos ao público e à imprensa que tão bem acolheram nossa proposta”, disse.

De acordo com ele, a mobilização continua. Nos próximos dias, mais uma quadra de basquete será personalizada no Parque da Oktoberfest, com as cores da Alemanha, o Fritz e a bola de basquete ao centro, mais a inscrição Terra do Basquete. “Unir a Oktober e o basquete coloca juntos dois ícones da nossa cultura, que nos identificam longe dos nossos limites municipais”, afirmou o secretário.

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Menino de 8 anos ficou encantado

Do outro lado da cidade, na Zona Sul, quem também se encantou com tudo o que viu foi um garoto de apenas 8 anos de idade. Aluno da Escola Harmonia, Carlos Henrique Schutz, que tem Transporto do Espectro Autista (TEA) e é assistido pela Associação Luz Azul, participou de uma oficina na Semana do Basquete e surpreendeu sua mãe, Vandreia. “Nunca vi ele se dando bem com uma coisa como o basquete. Ele fez muitas cestas, queria levar a bola para casa, só foi embora porque eu prometi comprar uma bola para ele”, relatou Vandreia, que colocou no pátio de casa uma cesta de basquete feita com uma roda de ferro. Avó de Carlos Henrique, Marilete conta que logo ao acordar o menino pede para colocar o óculos de sol para jogar basquete. Inclusive, durante o jogo da Seleção Brasileira, em que o garoto esteve presente, um espaço foi reservado para o grupo de autistas e seus familiares, dentro da campanha idealizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Esportes, com o apoio do União Corinthians.

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