Das centenas de variações existentes de estelionatos que foram criados pelos criminosos nos últimos anos, uma delas remete diretamente à atual época do ano. A busca da população pelo veraneio nas praias do litoral gaúcho e catarinense atrai os olhares dos golpistas que, de suas casas, aplicam aquele que é chamado de golpe do falso aluguel. A estrutura do crime é relativamente simples.
O estelionatário anuncia uma casa, em geral bem localizada, com ótima estrutura e com preço abaixo do mercado. Na maioria do casos, sem conhecer onde desejam se hospedar, os veranistas fecham o negócio. Pagam adiantado parte ou todo o valor acertados com o suposto locador e partem para o Litoral. No entanto, ao chegarem na praia, descobrem que o contato desapareceu e o imóvel não existe.
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Nos últimos anos, a prática deste estelionato se tornou mais recorrente, e transformou o período de férias e descanso, planejado pelos veranistas, em pesadelo. Santa Cruz do Sul registrou neste sábado, 28, a primeira vítima deste ano. Uma mulher de 29 anos, moradora do Bairro Avenida, entrou em contato pelo Facebook com uma suposta locatária, que anunciava aluguel de um temporada na região de Bombinhas, Santa Catarina. Posteriormente, a negociação migrou para um número de WhatsApp, com código 47.
Foram apresentadas a ela as opções de aluguel, já por uma segunda pessoa, dessa vez um homem. A santa-cruzense manteve contato com esse rapaz e acabou fechando um contrato de locação por temporada no valor de R$ 7 mil, referente a sete diárias. Foi solicitado pelo suposto locatário o pagamento inicial, como um sinal do negócio, no valor de R$ 1 mil, que foi aceito pela moradora do Bairro Avenida. Foi então que a mãe da santa-cruzense emprestou a conta para fazer o depósito, via Pix, do valor solicitado.
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A transferência aconteceu na tarde da última quinta-feira, 26. Na sexta, 27, a santa-cruzense pediu o recibo do pagamento e a conversa não prosperou mais. Ela foi bloqueada. O companheiro também tentou contato, mas sem sucesso. Neste sábado, ela foi até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e registrou a ocorrência, que será investigada pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP). Na mesa dos investigadores está a cópia do contrato fraudado de locação e dados da conta depositada e do número dos autores. Os nomes dos envolvidos não foram revelados pelas autoridades policiais.
Dicas para não cair no golpe do aluguel
Há casos, como da santa-cruzense, que perdeu o dinheiro sem sequer ir para a praia, mas uma variação bastante comum é da vítima se dar conta de que caiu no golpe somente quando chega no local. A Polícia Civil pede cautela com anúncios nas redes sociais e orienta que o ideal é buscar imobiliárias locais ou utilizar plataformas virtuais sérias que forneçam algum tipo de garantia.
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O preço oferecido, normalmente, é abaixo do mercado. Em geral, nesse tipo de golpe, os estelionatários pedem a antecipação de um valor, dizendo que seria para garantir a reserva ou formular o contrato. Normalmente, esse fato é uma estratégia comum entre os criminosos, mas também entre locatários sérios. A diferença é que o estelionatário tem pressa para garantir o dinheiro, por isso é importante ficar atento a esse tipo de comportamento.
Os depósitos, geralmente, são realizados em nome de laranjas, outras pessoas que não o próprio locatário. Criminosos podem criar falsos anúncios com imagens de casas que não existem, mas também podem usar fotos de um imóvel verdadeiro, por isso, a mostra de fotografias do local a ser alugado não é garantia de que ele existe ou está certo. Uma visita ou até mesmo ligação por vídeo podem ser opções para confirmar a existência do imóvel desejado.
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