Com a chegada do verão e dos dias de calor intenso, a incidência de viroses sobe junto com os termômetros. Por conceito, trata-se de qualquer tipo de doença resultante de uma infecção viral que tem curta duração, normalmente sem ultrapassar os dez dias. Embora sejam mais comuns em bebês e crianças, podem acometer também os adultos. Para evitar os sintomas, que por padrão não apresentam maior gravidade, mas podem ser muito desagradáveis, a população pode tomar uma série de cuidados no dia a dia.
Conforme o médico infectologista Eduardo Sonda, as viroses podem acometer as vias aéreas e provocar gripes, resfriados ou mesmo Covid-19. Estas são mais comuns no inverno, período em que as baixas temperaturas facilitam a disseminação dos vírus. “Se analisarmos os últimos dois verões, os casos de coronavírus começaram a aumentar a partir de novembro e tiveram o pico em janeiro”, observa. “Agora, pelo que estamos percebendo, está indo pelo mesmo caminho.” Nessas situações, a orientação do especialista é evitar aglomerações e utilizar a máscara quando houver suspeita e permanecer em isolamento se positivo.
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Também muito comuns nesta época do ano, as viroses gastrointestinais diferem das demais pois seu contágio não ocorre de pessoa para pessoa, mas sim por meio do consumo de alimentos ou água contaminados. Podem ser provocadas também por bactérias, como a salmonela. “Habitualmente os pacientes reclamam de dor de barriga, náusea, diarreia, vômito e febre”, detalha Sonda. Segundo ele, não há tratamento específico, e as prescrições são no sentido de aliviar os sintomas até que o ciclo do vírus se encerre. “Se for uma bactéria pode precisar de antibiótico, mas nesse caso só é possível afirmar com uma avaliação médica.”
As principais formas de prevenção, segundo o infectologista, são lavar bem os alimentos antes do consumo e beber água tratada e filtrada. “No caso das carnes, é fundamental saber a procedência e consumi-las cozidas”, frisa. Ainda que possa parecer um gesto básico, lavar bem as mãos antes de manipular qualquer produto alimentício ajuda a prevenir a contaminação. Outro ponto de atenção diz respeito aos banhos em açudes e outros locais nos quais não é possível saber se a água é própria.
“A pessoa acaba ingerindo ou tendo contato com vírus e bactérias que podem desencadear alguma virose gastrointestinal”, enfatiza. Há ainda o risco de contrair a toxoplasmose, provocada por um protozoário. “É uma doença que causa febre alta e dor muscular, então também é preciso ter atenção com ela no verão.”
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Desidratação
Junto das doenças resultantes das viroses, os dias quentes também podem causar outra situação preocupante: a desidratação. Eduardo Sonda revela que o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição ao sol são uma combinação perigosa para esse tipo de complicação. Assim, a recomendação é evitar permanecer no sol por longos períodos e consumir água de forma intercalada com outras bebidas. “As pessoas idosas também precisam se cuidar no calor, às vezes elas bebem água mas não em quantidade suficiente. É preciso ter atenção sobretudo com os mais debilitados e aumentar a oferta hídrica.”
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