Lucas Moraes vem cumprindo uma jornada impecável em sua estreia no Rally Dakar, a mais difícil prova do mundo que está sendo realizada nos desertos da Arábia Saudita, com 15 dias de duração. Nesta sexta-feira, Moraes e o navegador alemão Timo Gottschalk levaram seu Toyota GR DKR Hilux ao sétimo lugar depois dos 333km da sexta especial consecutiva do Dakar, resultado que os alçou à terceira posição da classificação geral da categoria carros, a principal da competição.
Ainda estreante na prova, o jovem brasileiro passou a ser um dos centros de atenção da enorme caravana multinacional do Dakar, merecendo muitos elogios pela maturidade e domínio da situação que vem demonstrando já em sua primeira participação. A sexta etapa, inclusive, foi avaliada como “traiçoeira e perigosa” por vários competidores, tanto pelo nível técnico como pelas várias situações de risco físico enfrentadas pelos mais de 400 veículos participantes.
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“Esse foi mesmo um dia bem difícil, com muitas dunas, muitas dunas mesmo”, comentou Lucas. “Algumas delas eram muito perigosas, com descidas bem íngremes e saltos. O carro sofreu um pouco, mas foi valente. E conseguimos chegar ao final com ele inteiro”, continuou o atleta Red Bull, que tem apoio da SpeedMax Pneus.
A corrida do brasileiro, no entanto, não foi livre de percalços. “Dadas as condições, podemos dizer que fizemos uma prova limpa. Mas tivemos um pneu furado no km 35. Depois, percebemos que outro tinha um vazamento – e paramos novamente para fazer a troca. Aí seguimos até o final com um ritmo conservador, pensando sempre em evitar quebras porque o dia de hoje foi bem difícil para o equipamento. Mas sabíamos que tínhamos chance de um bom resultado”, comentou.
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Moraes é cauteloso em relação ao desempenho
Sobre o momento que está vivendo, Lucas, que é o atual bicampeão do Sertões mas desejava ser testado também no Dakar, foi cauteloso. “É incrível estarmos no terceiro lugar na classificação geral. O Dakar reúne as melhores duplas do mundo. Então, nem sei o que dizer pra falar a verdade”, comentou o brasileiro. “Estrear fazendo um bom papel sempre foi o que sonhei. Está acontecendo, mas o rally está longe do fim ainda. E o Dakar é imprevisível. A única maneira de seguir em frente é continuar mantendo o foco, trabalhar bastante e respeitar o desafio. Senão, ele te engole”.
O melhor resultado final de um brasileiro no Rally Dakar foi o oitavo lugar de Klever Kolberg em 2002, a bordo de um Mitsubishi Pajero e com navegação do francês Pascal Larroque.
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A vitória na especial de hoje foi do catarino Al-Attiyah e do navegador francês Mathieu Baumel, que cumpriram os 333km em 3h13min12s com o Toyota GR DKR Hilux oficial de fábrica. O segundo lugar foi dos franceses Sébastien Loeb/Fabian Lurquin, com um Prodrive Hunter T1+. Neste sábado o Dakar realiza sua sétima especial, em uma distância de 472km novamente entre Riad e Al-Duwadimi.
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