A viagem de uma família santa-cruzense para a praia, programada para marcar a passagem do ano, se tornou um drama antes mesmo da chegada ao Litoral. No dia 26 de dezembro, a professora Caroline Oliveira, de 36 anos, seguia de carro com o marido Danian, de 38, e o filho Henrique, de 8, rumo a Capão da Canoa, onde a família de Linha Santa Cruz passaria a virada de ano.

Por volta de 13h45, os santa-cruzenses estacionaram o Chevrolet Cruze branco no Posto Graal Rota 80, na Freeway, em Gravataí. “Paramos apenas para ir ao banheiro e pegar algo para beber. Ficamos dentro da conveniência cerca de 15 minutos. Quando retornamos, o carro estava trancado e seguimos viagem. Uma hora depois, dei pela falta do meu celular. Procurei e não achei, e logo vi que a bolsa havia sumido. Meu marido notou também que sua mochila não estava mais ali”, comentou Caroline.

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Na mochila de Danian estava o seu notebook da marca Dell. Foi levada ainda a bolsa de Caroline, com um chaveiro, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), identidade e cartões de crédito e de plano de saúde, além de dois celulares. “Logo começamos a bloquear os cartões, pois recebemos as notificações de tentativa de compra com eles. O meu deu um problema e foram feitas cinco compras, por aproximação, cada uma no valor de R$ 199,00, em nome de uma Mariana”, contou a santa-cruzense.

A família acionou a Polícia Rodoviária Federal, que disse que realizaria um patrulhamento na rodovia e indicou que a Brigada Militar local poderia auxiliar. “Ligamos para a Brigada, e disseram que tinham poucas viaturas, mas iriam mandar alguém. Passou mais de hora e não enviaram ninguém. Voltamos no posto e o pessoal que cuida do estacionamento disse não ter visto nada. Falamos com o gerente e ele disse que as câmeras não funcionam e que, se funcionassem, só liberariam com ação judicial. E ainda disse que dificilmente conseguiríamos de volta alguma coisa.”

Foi um show de horror

A família retornou no dia 1º para Santa Cruz do Sul. Caroline fez um vídeo em uma de suas redes sociais alertando para os amigos cuidarem ao deixarem seus veículos em estacionamentos durante viagens, sobretudo porque o carro dela estava chaveado, não havia nada à mostra, e o tempo dentro do estabelecimento foi muito curto. “Foi um show de horror. O nosso carro estava na frente de uma câmera que simplesmente não estava funcionando, e se estivesse não podia ser visto na hora. Isso mostra que o crime compensa”, salientou.

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Uma notificação no e-mail de Caroline apontou que uma nota de pagamento foi feita com seu cartão em um posto também da Freeway. O caso, que foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Gravataí, será investigado. “A nossa sorte é que não abriram o porta-malas. Eu tinha feito compras para passar a semana lá”, disse ela.

A mesma sorte não teve Mateus Rafael Noronha, de 38 anos, morador de Pantano Grande. Ele também foi alvo de criminosos após deixar o carro estacionado em um outro posto de combustíveis da Freeway, também em Gravataí. Mateus estava retornando do Litoral com a mulher e dois filhos. Ao parar no local para entrar na loja de conveniência, ele teve todos os seus pertences levados, depois de estacionar e chavear o veículo no pátio do estabelecimento.

De acordo com ele, o posto não tinha câmeras e não prestou nenhum tipo de auxílio à família. O caso também foi registrado na polícia. Foram furtados três celulares, carteira com documentos e cartões de banco e todas as malas com roupas e outros pertences. O prejuízo estimado é de R$ 10 mil. “Só não levaram o veículo porque não liga sem a chave”, afirmou Mateus, que é motorista de caminhão e agora aguarda a segunda via da CNH para poder retornar ao trabalho.

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