O governador reeleito, Eduardo Leite, é conhecido por sua eloquência. Fala com desenvoltura que cabe a poucos. Há cientistas políticos que dizem, em alusão ao que o levou a abrir tão expressiva vantagem sobre o adversário, ser a capacidade de sobressair-se nos debates um dos grandes trunfos da eleição estadual.
No ato de passagem de cargo, no Piratini, mais uma vez mostrou esse dinamismo. O que causou maior repercussão, também pelo ineditismo, é o espaço dedicado ao companheiro, Thalis Bolzan. Leite conseguiu emocionar o médico, que acompanhou a solenidade ao lado da família do governador, e foi aplaudido de pé.
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Outro momento de menor expressão midiática, mas não menos relevante, foi quando se referiu à forma como o Estado se relacionará com o Palácio do Planalto, especialmente, porque no campo político há evidente divergência entre os partidos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Leite (PSDB). Mais uma vez, utilizando de sua habilidade linguística, o governador empossado defendeu o diálogo como diferencial. E justificou sua fala ao dizer que somos todos gaúchos e um só povo quando pensamos como nação.
Passada a eleição, não deveria existir nós e eles. Concordar com as vitórias dos políticos, porém, é algo que cabe a cada um, tendo como base o seu pensamento ideológico. Assim é o regime democrático. Uns, que conseguem atrair a atenção do eleitor e angariar o maior número de votos, levam o cargo, em detrimento daqueles que não lograram o mesmo êxito.
O importante é que todos os cidadãos fiquem atentos, que fiscalizem as decisões tomadas e observem se estão sendo cumpridas as promessas e diretrizes apresentadas durante a campanha, mesmo que tenha sido um pouco difícil perceber alguma proposta em meio a tantos ataques pessoais durante o processo eleitoral. Além disso, cabe a todos, partidários ou não dos vencedores, torcer para que consigam fazer uma gestão com sucesso. Afinal, tanto presidente da República quanto governador do Estado não administram só para si. Fazem para todos, pois somos um só povo.
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Não fazer um bom governo pode prejudicar intenções políticas futuras, mas isso é um detalhe quando comparado às consequências coletivas que pode ter. Diante desse fato, quem quer o melhor para o Rio Grande do Sul e o Brasil irá torcer e fazer o possível para que o sucesso seja obtido por Eduardo Leite e Luiz Inácio, assim como seria se os nomes vencedores fossem outros.
As contrariedades políticas e as desavenças ideológicas podem voltar à tona daqui a quase quatro anos, quando um novo processo eleitoral, talvez, com nomes diferentes, será apresentado. Até lá, que seja reforçada uma das características que torna os seres humanos diferenciados na natureza, a capacidade de ter empatia, de colocar-se no lugar no outro.
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E que os governantes, em suas tomadas de decisões palacianas, tanto no Piratini quanto no Planalto, sejam assertivos. É bom para o Rio Grande e é bom para o Brasil. Afinal, somos um só povo.
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