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PROJEÇÕES PARA 2023

Helena descarta reajuste da tarifa de ônibus em 2023

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Helena confirma mudanças na equipe: “saber colocar a pessoa certa no lugar certo”

Às vésperas de chegar à metade do mandato, a prefeita de Santa Cruz do Sul Helena Hermany (PP) foi taxativa ao ser questionada sobre a possibilidade de reajuste na tarifa do transporte coletivo urbano em 2023. Segundo ela, graças às medidas adotadas ao longo deste ano para reorganizar o serviço e enfrentar a crise do setor, que se agravou com a pandemia, a passagem permanecerá nos atuais R$ 4,45 no novo ano.

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Em conversa na manhã de quarta-feira, 29, com a Gazeta do Sul em seu gabinete, Helena também comentou sobre outro desafio que a espera nos próximos meses e que envolve – mais uma vez – o futuro da gestão do abastecimento de água e tratamento de esgoto. Com a iminente privatização da Corsan, o contrato assinado em 2014 pode ser extinto, o que obrigará a Prefeitura a tomar uma nova decisão.

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Na agenda do Palacinho em 2023 estão ainda outras definições de grande impacto, como a destinação das áreas da antiga Escola Murilo Braga de Carvalho, que retornou ao município, e do Daer, cujo retorno deve ser formalizado nos primeiros meses do ano.

Na entrevista, Helena também falou sobre a relação com o governador reeleito Eduardo Leite (PSDB) e a expectativa em relação ao novo governo Lula (PT) e desconversou sobre a possibilidade de concorrer novamente em 2024. Ainda revelou uma ideia inusitada: construir uma roda-gigante no Parque da Cruz.

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Entrevista

Gazeta: O que será prioridade para o governo em 2023?

Helena Hermany: Teremos três grandes obras começando nos primeiros meses do ano. Em janeiro, será a segunda parte do Centro Administrativo, no famoso “esqueleto” (prédio inacabado na esquina entre as ruas 28 de Outubro e Coronel Oscar Jost). Em fevereiro, devem começar o lote 1 e o lote 2 da duplicação da BR-471. E em março acreditamos que vamos conseguir começar o viaduto do Bairro Arroio Grande. Teremos também a pavimentação da Estrada Bruno Pritsch, a rua coberta e reformas e ampliações de escolas e postos de saúde. Além disso, vamos entregar várias outras obras, como a primeira parte do Centro Administrativo, o Centro de Eventos, a revitalização da Rodoviária e a feira central. Ouvi o Pai Antônio dizer outro dia que em 2023 a cidade vai virar um canteiro de obras. Mas isso nem precisa ser vidente para saber (risos).

A senhora se aproximou muito do Eduardo Leite. O que espera dele enquanto governador e o que vai ser pauta entre vocês no próximo ciclo?

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Tivemos muitas parcerias com o governo do Estado na gestão dele. A começar pelos hospitais. Estou há décadas na política e o que sempre ouvi foi que o governo estadual não pagava os hospitais e convênios. E agora comecei a ver que os compromissos estão sendo honrados. Outro exemplo é a RSC-287. Quanto tempo passamos pedindo a duplicação? Agora está se tornando realidade. Acredito que nossa parceria vai continuar. Um dos assuntos que quero conversar é sobre a regulação das consultas. Foi implantado um novo sistema que não é bom para municípios como o nosso, que tem gestão plena da saúde. Pessoas que aguardavam 30 dias por uma consulta hoje chegam a aguardar mais de 60.

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E em relação ao governo Lula, qual a sua expectativa?

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Estou torcendo. Acho que quem torce contra o Brasil, brasileiro não é. Quando um governo se elege, temos que torcer para que dê certo. Tenho certeza que vão ser outras prioridades. Já vemos, por exemplo, que a gestão fiscal vai ser totalmente diferente. Tomara que isso não nos gere inflação.

O contrato do município com a Corsan pode ser extinto com a privatização. O que pode acontecer?

Em 2008, eu denunciei o contrato com a Corsan. Foi a melhor coisa que fiz, porque era um contrato arcaico. A partir dali, a Corsan passou a ter um relacionamento diferente com o município. Bem ou mal, muitas obras aconteceram e o nosso contrato atual é muito bom. Agora teríamos três opções: podemos licitar, entrar em um consórcio ou municipalizar. Só que provavelmente isso será judicializado e aí vamos ficar de novo em um contrato precário.

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Então, nenhuma dessas três possibilidades é descartada?

Nenhuma. Mas temos que aguardar porque a venda da Corsan ainda não foi assinada. E se conseguirem, não estamos a reboque. Os outros municípios estão a reboque, nós não. E vamos, a partir da reestruturação que será feita nos cargos da Prefeitura, ter uma equipe que irá fiscalizar mais de perto o contrato e a atuação da empresa.

Mais de 500 servidores aposentados foram desligados ao longo desse ano. Como ficam essas lacunas? A senhora pretende fazer um novo concurso?

Ainda temos muitas pessoas no banco de concursados. Estamos, por enquanto, chamando essas pessoas e a maioria já foi substituída, algumas por processo simplificado. O que talvez falte são professores. Quando terminarmos o banco, vamos fazer uma avaliação de onde falta gente e aí, com certeza, vamos fazer concurso.

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Com as medidas que foram tomadas em relação ao transporte coletivo urbano, será possível manter a tarifa atual neste próximo ano?

Isso foi uma condição. Não se mexe na tarifa. O que nós temos que fazer é motivar as pessoas a usarem o transporte coletivo. E o que está acontecendo hoje? Se duas ou três pessoas se juntam e chamam um Uber, fica mais barato do que ir de ônibus. O ideal seria que pudéssemos diminuir a passagem. Mas aumentar, nem pensar. E em 2023 vamos ter a tarifa integrada.

Está em vias de ser confirmado o retorno da área do Daer ao município. Que finalidade a senhora pretende dar para aquele lugar?

Isso ainda precisa ser debatido. Já tem diversas possibilidades. Uma delas é que ali seja construída a escola do Sesi. Mas ainda vamos discutir para conseguir fazer o melhor possível.

E em relação à área da antiga Escola Murilo Braga?

Estamos avaliando a possibilidade de implantar ali uma espécie de terminal logístico, para tirar os caminhões do Centro. Também temos um grande projeto com o governo federal de um centro regional de especialidades para atender crianças autistas. Mas tudo isso ainda precisa ser discutido. E também precisamos resolver a questão da Uergs.

O que a senhora vislumbra para o Parque da Cruz, que vai ser o primeiro parque municipal concedido para a iniciativa privada?

Queremos algo bem impactante lá. Sempre digo que a Prefeitura não está aqui para construir restaurante, terceirizar e pegar aluguel. O que precisamos é ter locais de que a comunidade possa usufruir. O que eu queria, e sei que isso é bastante arrojado, é que quem assumisse o parque construísse uma roda-gigante. Vamos ver se consigo.

O calçadão da Floriano vai ser ampliado para mais duas quadras?

Vai. E vamos ter a rua coberta e a rua da cultura.

Quando a senhora pretende decidir se concorre ou não a reeleição em 2024?

Vamos começar a conversar sobre isso em 2024. Em 2023, vamos só trabalhar. Ponto final.

A senhora vai criar mais duas secretarias municipais. Como responde às críticas de que se trata de um aumento de gastos desnecessário e com fins meramente políticos?

Essa é a estrutura que existia antes de eu entrar. Só que, quando eu entrei, a pandemia estava no auge e não tinha como manter. Agora, aumentamos muito os serviços e notamos que alguns setores precisam ser fortalecidos. Por exemplo, a Secretaria de Serviços Públicos. Os vereadores já fizeram mais de mil indicações, de coisas que precisam ser feitas ali ou acolá. Hoje, a Central de Serviços está no Meio Ambiente, que é uma secretaria muito técnica; então, penso que os serviços não receberam a atenção que precisam. As pessoas dão valor a isso e, se queremos uma cidade bonita, precisamos de uma estrutura melhor. A Secretaria de Habitação é a mesma coisa. Eu quis enxugar naquele momento e juntei com o Desenvolvimento Social, mas ficou uma secretaria grande demais. A regularização fundiária está parada há anos, precisamos de uma equipe para isso.

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A senhora já confirmou que vai mexer no secretariado em fevereiro. No que o perfil da equipe vai ser diferente?

Só tenho que valorizar o meu secretariado. Mas tem algumas pessoas que podem ter mais perfil para outra área, então vamos fazer uns remanejos. Não que não esteja bom, mas para ficar melhor.

Então ninguém vai sair do governo, necessariamente?

Não, vamos remanejar. Às vezes uma pessoa é ótima, mas não tem perfil de comando. A melhor arte de um gestor é saber colocar a pessoa certa no lugar certo.

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