Morreu na madrugada desta segunda-feira, 13, aos 72 anos, o cantor e compositor baiano Moraes Moreira. O corpo foi encontrado pela manhã, no apartamento onde o artista vivia sozinho, no Rio de Janeiro. Seu irmão, Eduardo Moraes, disse que ainda não sabe o foi que aconteceu.
Antonio Carlos Moreira Pires, o Moraes Moreira, ingressou na música como sanfoneiro nas festas de São João de sua cidade, Ituaçu, no interior da Bahia. Na adolescência aprendeu a tocar violão e aos 19 anos mudou-se para Salvador, onde começou a estudar no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia. Lá ele conheceu Tom Zé e seus futuros parceiros da banda Novos Baianos, grupo responsável por inserir o frevo, o chorinho, o baião e o samba no rock brasileiro.
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E foi com o grupo Novos Baianos que o cantor se projetou na carreira, ao lado de Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, poeta com quem escreveu os sucessos Preta Pretinha e Mistério do Planeta. O disco Acabou Chorare, por exemplo, de 1972, é um marco na MPB.
Em 1975, Moraes Moreira saiu da banda e iniciou uma vitoriosa carreira solo. Um ano depois, tornou-se o primeiro cantor de trio elétrico da história. É deste período o sucesso Pombo Correio.
Ultimamente, estava mais envolvido com uma nova reunião dos Novos Baianos. Entre solos e parcerias, gravou cerca de 60 discos. Em março de 2010, o cantor fez a última postagem no Instagram, falando sobre a quarentena que o mundo vive em função da Covid-19.
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