O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reforçou em transmissão em vídeo nessa quarta-feira, 8, que o comércio não deve permanecer fechado até junho, quando é projetado pelo Ministério da Saúde o pico da pandemia do novo coronavírus no Sul do País. “A política de distanciamento social no Rio Grande do Sul é determinada com base nos dados e evidências científicas”, explicou.
Entretanto, mesmo afirmando que não projeta o fechamento até junho, o governador não estabeleceu prazos para a abertura dos estabelecimentos, explicando que isso só deve ocorrer quando o governo tiver certeza, com base nos indicadores, de uma segurança na estruturação no sistema de saúde.
“Não trabalhamos com a hipótese de comércio fechado até junho. Não teríamos como sustentar uma ação como essa. Estamos confiantes que os resultados que temos agora, associados a um melhor monitoramento, melhor política de teste, com as pesquisas científicas, vão nos permitir ter um monitoramento real da evolução do número de casos para acionar, mediante necessidade, a maior restrição, se for o caso, nas políticas de distanciamento social”, disse.
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Ele afirmou que, no primeiro momento, a prioridade é estruturar o sistema de saúde público. “Estamos estruturando toda a retaguarda hospitalar, incrementando em até 60% o número de leitos de UTIs, prioritariamente do SUS, para garantir que tenhamos estruturas para atender os casos majorados”, afirmou Leite.
Até a manhã desta quinta-feira, o Estado já acumula 12 mortes por Covid-19. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), na atualização na noite dessa quarta, o número de casos confirmados da doença chegou a 581, em 74 municípios do Rio Grande do Sul.
Na última terça-feira, o estado registrou a morte da primeira profissional de saúde por Covid-19. A vítima é uma técnica em enfermagem, de 44 anos, moradora de Alvorada, que trabalhava no Grupo Hospitalar Conceição, na Capital.
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“Lamentamos todas as mortes ocorridas até aqui em função da Covid-19. Todas elas nos deixam consternados. Mas tem uma que precisa ser destacada por dois motivos: porque é a primeira profissional da área da saúde e a vítima mais jovem do Estado”, citou o governador durante a transmissão.
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